Embora a presidente Dilma Rousseff tenha dito que o corte de verbas na Esplanada não atingirá investimentos prioritários da educação, o novo ministro da área afirmou que a pasta dará sua “contribuição ao ajuste”. O filósofo Renato Janine Ribeiro disse em seu primeiro discurso como ministro, nesta segunda-feira, 6, que haverá empenho em preservar o essencial, mas “sacrificando excessos”. Em concorrida cerimônia de transmissão de cargo, o novo titular da pasta destacou que o governo vem aprimorando programas como Fies e Pronatec, que tiveram “problemas sanados”. “Devemos ter cuidado para que não se repitam”, disse. Para ele, o Pronatec permitiu, por exemplo, “uma inclusão social definitiva e sustentável”.
Num discurso de cerca de 25 minutos, o professor da Universidade de São Paulo lembrou as manifestações de junho de 2013, e ponderou que, enquanto “alguns se alarmaram”, ele viu no episódio o “despertar de uma consciência pública”. Para ele, “é justa a reclamação”, ainda que nem sempre a cobrança seja direcionada aos responsáveis de fato. O novo ministro ainda lembrou a importância, em determinado momento histórico, de partidos como PMDB e PSDB, e ponderou que o PT possui agora uma agenda “mais complexa”. “Tanto que não está concluída”, argumentou.
Ele fazia referência à ascensão social de brasileiros, e à necessidade de melhorar a qualidade da educação no país. “A saúde dispõe de um alarme, a dor. Mas não há alarme para a ignorância e o desconhecimento. Quem mais precisa dela, é quem menos sabe disso.” Ribeiro cobrou empenho de União, Estados e municípios e destacou necessidade de maior atenção ao trabalho dos docentes. “Não podemos promover mudanças sem valorização do professor”, completou.
Publicidade
This website uses cookies.