Para atuar como médico no Brasil, o estudante formado no exterior é obrigado a fazer o reconhecimento do seu diploma, por meio de uma prova denominada Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida). Entretanto, a realização de novas avaliações está suspensa pelo governo federal.
“Ficamos impossibilitados de exercer a atividade para a qual nos formamos. Estamos nos organizando e trabalhando para que seja retomada a prova do Revalida. Vamos buscar o apoio da comunidade, que é a principal beneficiária da atenção básica prestada por nós, profissionais brasileiros e oriundos de universidades estrangeiras”, ressalta o médico Marcus Freitas de Oliveira, formado na Universidad Privada Abierta Latinoamericana (Upal), em Cochabamba, Bolívia. Sem o atestado para trabalhar, Oliveira não pode ter um consultório em funcionamento, nem ser contratado por prefeituras. “No momento estou em casa, sendo sustentado pelos meus pais e estudando para quando houver um novo Revalida”, afirma o médico de 25 anos, formado no ano passado e natural de Paranaiguara, Goiás.
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Mudanças
Os médicos formados e universitários brasileiros que cursam medicina no exterior vêm organizando mobilizações para pressionar deputados federais e senadores de seus estados para que sejam favoráveis à Emenda Aditiva à Medida Provisória no 890/2019, que obriga o governo federal a fazer o Revalida. “Lutamos pela aprovação da MP. Através dela haveria a possibilidade de incluir contratos com médicos brasileiros formados no exterior sem Revalida, além de instituir uma periodicidade fixa para o exame”, diz Marcus de Oliveira.
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