Em setembro de 2017, um ano antes das eleições presidenciais de 2018, escrevia o seguinte. Transcrevo alguns parágrafos. Sem citar nomes e circunstâncias, à época mencionados.

“Diante dos nomes até o momento arrolados como pretensos e possíveis candidatos, nenhum me cativa e nem inspira confiança e capacidade necessárias.

Entre tais, já há alguns com expressivo destaque popular e midiático (…) Evidentemente, são reflexos e efeitos colaterais do populismo, da demagogia (…).

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Dada a gravidade da situação nacional, quem poderá oferecer liderança e serenidade para a nação retomar um ambiente de trabalho, progresso e paz?

Ilude-se quem pensa que o processo político-eleitoral presidencial, ainda que democrático e legítimo, possa restabelecer um ambiente promissor.

A degradação da representação política, a precarização da economia e o sentimento de frustração e desesperança serão um ambiente propício aos demagogos e populistas.

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Historicamente, nossa nação tem um renovado ‘inimigo’, ainda que sempre simpático e com discurso nacionalista. O populista realiza mais estragos do que benfeitorias.

O populismo não tem rigidez e vocação ideológica. Ora se apresenta como de esquerda, ora como de direita. Ou nem uma coisa, nem outra. Em qualquer circunstância, sempre será personalista.

Raramente tem práticas de gestão e qualidade duradouras. São sempre governos efêmeros. (…) Dito de outro modo, é a ‘vitória’ do curto prazo sobre o longo prazo, o ‘triunfo’ do superficial em detrimento do essencial e estrutural.

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Mas não pense que o populismo é uma desgraça e exclusividade nacional. Ultimamente, tem ocorrido em outros países. Alguns com elevada experiência democrática.

Em resumo, o grande desafio dos brasileiros, em 2018, não será apenas escolher o melhor candidato e presidenciável possível. Será afastar e superar o risco do populismo!”

Voltando aos dias hoje, quatro anos depois – e um ano antes das próximas eleições presidenciais, pergunto: entre nós, o que mudou para melhor (descontados os efeitos negativos da pandemia, comuns a todas as nações)?

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A menos de um ano para as eleições, alguém conhece algum plano de governo? Plano sério e apto a retomar um ambiente positivo e promissor, social e economicamente?

Os candidatos em curso têm algo consistente e inovador a oferecer, além da indispensável competência e idoneidade pessoal? Comparativamente, será necessário acrescentar algo mais ao que foi dito em 2017?

Um quadro melancólico!

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