Sede do aeroclube de Santa Cruz ficava onde hoje está a Metalúrgica Mor. Vendaval em 1959 arrasou com as instalações
Nesta terça-feira, 14, decorrem 66 anos da passagem de um tornado por Santa Cruz do Sul, que causou medo, prejuízos e destruições. A região sul, que na época era chamada de Dona Carlota, foi a mais castigada.
O dia 14 de outubro de 1959 registrou muito calor e, por volta das 18h15, um temporal apavorou a população. O vento, classificado como ciclone ou tornado, varreu a região até a divisa com Rio Pardo. A faixa mais atingida foi a dos atuais bairros Faxinal, Distrito Industrial, Castelo Branco, Progresso, Esmeralda, Arroio Grande, Santo Antônio, Capão da Cruz e outros.
Centenas de casas e galpões foram total ou parcialmente destruídos, assim como lavouras, árvores e postes de luz. Na Granja Ipiranga, de Érico Vieira da Cunha, caíram oito galpões e dezenas de aves morreram. No Posto Agropecuário da Prefeitura (onde hoje é a BAT) dois silos vieram abaixo, um com 1,4 mil sacos de cereais.
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O hangar do Aeroclube Santa Cruz, que ficava onde hoje é a Metalúrgica Mor (Distrito Industrial), foi totalmente destruído, junto com quatro aviões: um Stinson, 2 Pipers e um Paulistinha, com prejuízo de 6 milhões de Cruzeiros. A casa do zelador foi derrubada e ele, a esposa e o filho precisaram ser hospitalizados.
Tonéis com gasolina voaram a 300 metros. Prejuízos enormes ainda foram registrados no Matadouro Klafke, no engenho de David Mânica e na Cerâmica Santa Cruz. O vento foi acompanhado de chuva torrencial e granizo. Moradores antigos afirmaram que jamais presenciaram um temporal como aquele.
No dia seguinte, começou a mobilização para a recuperação dos estragos. O foco principal foi o aeroclube, pois sua pista era utilizada como aeroporto da cidade. A Prefeitura e a Varig se propuseram a ajudar. O secretário estadual da Fazenda, o santa-cruzense Siegfried Heuser, trouxe em mãos o decreto do governador Leonel Brizola destinando 500 mil Cruzeiros para a entidade tomar as primeiras providências.
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Após avaliações, ficou decidido que o aeroclube seria reconstruído no outro lado da cidade, em Linha Santa Cruz. A área foi adquirida pela Prefeitura para o futuro aeroporto municipal. Em 1961, as novas instalações já começaram a ser utilizadas.
Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul
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