Os carros de bois desfilavam pela Rua da República. Ao fundo, os antigos Colégio São Luís e o Banco Pelotense (Casa das Artes) | Foto: Arquivo de Luis Kuhn
A Rua Marechal Floriano, que tantos elogios tem recebido após a remodelação das quadras entre a Ramiro Barcelos e a Tiradentes, no passado foi palco de divergências. Seu nome trocava conforme os interesses dos grupos políticos que dirigiam Santa Cruz.
Em 1854, saiu sua primeira – mas não definitiva! – “certidão de batismo”: Rua de São Pedro. Não custa lembrar que se tratava de uma homenagem ao imperador Dom Pedro II e um agrado à Igreja Católica, que era a religião oficial na monarquia.
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Mas a via não estava imune às vontades das lideranças políticas. Em 1880, a vila recebeu a visita do ex-ministro da Fazenda, ex-deputado, ex-senador e ex-presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, Gaspar Silveira Martins, importante líder monarquista. Para mostrar sua admiração, o presidente da Câmara, Joaquim José de Brito, decidiu trocar o nome da principal para Rua Gaspar Silveira Martins, proposta que foi aprovada por unanimidade.
Mas conforme “sopravam os ventos da política”, a denominação mudava. Com a proclamação da República, em 1889, a pedido do Partido Republicano, a homenagem a Silveira Martins foi “cassada” e nasceu então a Rua da República. Mesmo com a contrariedade de Joaquim José de Brito, a mudança foi aprovada e Santa Cruz mostrou seu alinhamento com o novo regime.
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A Rua da República manteve-se por um bom tempo, mas no início do século passado, o nome mudou mais uma vez. Naceu então a Rua Marechal Floriano Peixoto, que permanece até hoje.
O Marechal de Ferro, como era chamado, foi o segundo presidente do Brasil, assumindo em 1891 após a renúncia de Deodoro da Fonseca. Floriano, que governou até 1894, era muito admirado pelos republicanos, que decidiram dar seu nome à via mais importante da cidade.
Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul
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