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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Memórias do Arnão

Às vezes tenho a impressão que a memória humana é mais ou menos como aquele armário da casa onde vamos guardando coisas que são significativas demais para jogarmos fora. Só que aí ficamos meses, até anos sem abri-lo e já nem sabemos mais tudo o que está lá dentro. Um belo dia, decidimos procurar algo e nos deparamos com um depósito empoeirado de resquícios do passado. Puxamos uma foto ou um documento e uma montanha de recordações desaba em nosso colo.

A nossa memória funciona assim também. Quando menos esperamos, alguma lembrança que estava mofando nas prateleiras da mente salta diante de nós. E aí é um caminho sem volta: uma recordação leva a outra e sabe-se lá onde vamos parar.

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Lembrei também de como era bom e como gostávamos de tudo aquilo. Acho que havia um sentimento forte de pertencimento. Quando chegávamos ao Poli, só encontrávamos gente conhecida. Lembro, por exemplo, que minha professora da 1ª série estava em todos os jogos – o que, aliás, me leva a lembrar também do tempo em que estudei no Colégio das Irmãs, mas isso fica para outra.

É claro que a memória também tem suas armadilhas. Podemos cair na falsa ilusão de que no passado tudo era bom quando, na verdade, a mente na maioria das vezes trata de armazenar as partes boas e encobrir as partes ruins – uma espécie de filtragem de qualidade.

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A propósito, acabo de lembrar: o jogador da camisa 99 chamava-se Alvin. Se não me falha a memória, é claro.

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