Quem já acumula um pouco mais de anos de vida, ainda se lembra das brincadeiras que se fazia, no dia 1º de abril – Dia da Mentira. Era uma data em que as pessoas inventavam ou contavam mentiras, algumas leves e outras nem tanto. Algumas brincadeiras e pegadinhas chegavam a ser de humor negro, ridicularizando e humilhando as pessoas.
Existem muitas explicações sobre a origem do Dia da Mentira. A versão mais conhecida diz que, em 1564, o rei Carlos 9º da França decidiu que o Ano Novo, até então comemorado de 25 de março a 1º de abril, passaria a ser celebrado no dia 1º de janeiro, adotando também o novo calendário para todo o mundo cristão – o calendário gregoriano -, instituído pelo papa Gregório 13 (1502-1585). Muitos franceses resistiram à mudança o que levou algumas pessoas a fazer brincadeiras e a ridicularizar aqueles que insistiam em continuar a considerar o 1º de abril como ano novo. Eram considerados bobos, pois seguiam algo que era sabido não ser verdadeiro.
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Em 1º de abril de 2000, o site de buscas Google disponibilizou em sua página um link chamado MentalPlex que seria capaz de ler a mente das pessoas. As pessoas não precisariam mais digitar o que queriam saber: bastava olhar fixamente em uma bolinha de cristal colorida e com movimentos gráficos, disponível na página, o próprio sistema identificaria o que o usuário estava querendo saber… Mesmo absurdo, muitas pessoas acessaram o link.
No Brasil, o Dia da Mentira começou a se popularizar a partir de Minas Gerais, através do periódico “A Mentira”, que tratava de assuntos sensacionalistas, no começo do século 19. Em 1º de abril de 1848, uma matéria noticiava a morte do então imperador Dom Pedro II; como muitas pessoas acreditaram na notícia, dois dias depois, o jornal desmentiu a publicação.
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Brincadeiras à parte, há certas mentiras que permanecem ao longo do tempo, mesmo que pesquisas científicas e acompanhamentos digam não ter fundamento, como, por exemplo, que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Outras, contamos para nós mesmos e acabam prejudicando nossa saúde financeira. Reinaldo Domingos, educador financeiro e mentor da DSOP Educação Financeira, além de outras atividades, relaciona cinco mentiras que as pessoas usam para não se sentirem culpadas ao cometerem deslizes financeiros:
1ª) “Eu mereço” – pode prejudicar um sonho ou uma meta maior; a pessoa acha que, por ter trabalhado o mês inteiro para ganhar o dinheiro, merece “presentear-se” com alguma coisa, esquecendo que quanto mais se gasta em compras não previstas, menos dinheiro vai sobrar para realizar os grandes sonhos;
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3ª) “Estou infeliz” – a satisfação em compras aleatórias é momentânea e a pessoa, além de continuar infeliz, ficou com menos dinheiro ou com mais dívidas e a realização de seus sonhos fica mais distante;
4ª) “Não consigo resistir” – a pessoa se deixa levar pelo desejo do momento, em vez de planejar e consumir com consciência; certamente, falta organização financeira e principalmente disciplina para não cair sob o impulso consumista;
5ª) “Eu tenho condição” – muitas vezes, a pessoa tem sobra de dinheiro e, aí, gasta sem qualquer critério; essa pessoa deveria verificar se não há sonhos maiores que poderiam ser realizados mais rapidamente se não houvesse desperdício de dinheiro que simplesmente sobrou.
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