O assunto “água” está no centro dos grandes debates internacionais. Sobretudo, em razão de sua potencial escassez e dos níveis de poluição ambiental.
Consequentemente, as iniciativas e ações preventivas dizem respeito às técnicas de conservação, captação, utilização, preservação de mananciais e redução de desperdícios, entre outras atitudes igualmente importantes.
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Nos últimos anos, porém, em face de intensa mundialização da economia e a globalização de ações de produção e comércio, o tema “água” adquiriu uma conotação comercial mais intensa e especulativa.
Controle de reservas hídricas, abastecimento e saneamento em geral deixaram de ser tarefa exclusiva do setor público e patrimônio coletivo. É o que se deduz se observarmos alguns movimentos político-econômicos em curso.
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Entretanto, embora se assemelhe a uma mercadoria, já que tem custos de captação, tratamento, manutenção e comercialização, e preços de vendas e mercado permanente, a água não é uma mercadoria!
Então, diante desses movimentos político-econômicos, nesse debate impõe-se a inclusão das questões relativas aos destinos legais, comunitários e políticos das reservas de água. Por exemplo, qualquer ação política e/ou econômica em torno da água não deveria ser objeto de consulta popular? Referendo e/ou plebiscito?
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Em abril de 2000, em Cochabamba (Bolívia), em face de uma desastrada privatização e abusos tarifários, uma revolta popular expulsou a concessionária norte-americana e reconquistou um bem básico da comunidade.
Na ocasião, um dos líderes do movimento disse o seguinte: “As pessoas sabiam que se perdessem o controle sobre suas águas perderiam o controle sobre suas vidas!”
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