A decisão por parte do Instituto das Irmãs de Maria, do Movimento Apostólico de Schoenstatt, de vender o terreno onde atualmente existe o Santuário de Schoenstatt, na BR-471, em Santa Cruz do Sul, movimenta o Ministério Público.
A partir de matéria veiculada na Gazeta do Sul dessa sexta-feira, 27, que cita a decisão da organização religiosa em relação à venda da área doada pelo poder público municipal, o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, informou que foi dado despacho do procedimento iniciado a partir de pedido do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), que solicitou o acompanhamento da ação.
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Segundo Barin, o entendimento da Justiça é de que o lugar representa não apenas uma área de turismo, mas um ponto reconhecido de fé e de interesse público. “Num primeiro momento, é uma tentativa de que, extrajudicialmente, sem qualquer tipo de medida do Ministério Público ou até mesmo judicial, se possa preservar o local, que até então é identificado como um local de fé, de peregrinação, onde está o Santuário”, salientou.
“Em sendo infrutífera essa tentativa de diálogo, e nós já estamos fazendo isso em paralelo, vamos analisar com bastante atenção o aspecto formal da doação feita pelo Município daquela área. Embora já tenhamos analisado a matrícula, ali não há uma clareza sobre a possibilidade de disponibilidade de venda pelas irmãs, como anunciam que isso será feito”, observou.