Modalidades individuais se destacam nas apresentações do Enart

Para o público geral, as danças tradicionais são, sem dúvida, o ponto alto do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), o que pôde ser comprovado pelo número de espectadores. As modalidades individuais, contudo, têm seu espaço garantido no evento e também atraem centenas de interessados. Instrumentos musicais, canto, dança, declamação, trova, causo e chula foram apenas algumas das modalidades disputadas e disponíveis para serem assistidas pelos visitantes.

Vindo de Caxias do Sul (25ª RT), do CTG Paixão Côrtes, Kauã de Souza, de 20 anos, competiu no Enart pela primeira vez na categoria chula. Ele disse que já tinha vindo a Santa Cruz do Sul em outros anos, acompanhando a instituição, e que poder participar como competidor é um privilégio. “No ano passado eu tive problemas com o regulamento e acabei ficando de fora, mas não desanimei porque isso foi um sonho para mim desde criança.” Ele se disse satisfeito com o desempenho e agradeceu o apoio da família, amigos e do grupo Alma Serrana, também de Caxias do Sul, pelo suporte nos treinamentos.

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Com 16 anos, Kauan de Melo Zembruski participou pelo segundo ano na categoria gaita piano, representando o CTG Pousada do Imigrante, de Nova Bassano (11ª RT). Apesar de jovem, ele já é veterano nos eventos tradicionalistas e foi o Guri Farroupilha do Rio Grande do Sul no ano passado. Tocando gaita desde os 5 anos de idade, diz que procurou fazer o melhor. “O que a gente alcança é resultado do treino e do misto de emoções do dia, então acredito que dei o meu máximo para quem sabe conseguir o título. Se não der, a participação é sempre válida pela experiência acumulada.”

Também veterana, Ana Júlia Camera, de 23 anos, se destacou na declamação feminina. Oriunda do CTG Sentinelas do Pago, de Marau (7ª RT), ela compete na modalidade pelo oitavo ano consecutivo e já foi finalista em algumas ocasiões. “Por isso, me sinto mais confortável, mas a ansiedade permanece.” Para ela, participar do Enart é sempre um prazer e um desafio. “Passamos por um longo caminho para estar aqui, começando na etapa regional e depois inter-regional, então o nível é alto e é sempre uma honra estar presente.”

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