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Movimento João da Silva entrega manifestação a vereadores

Mais uma vez, a sessão da Câmara de Vereadores foi movimentada na noite dessa segunda-feira, 24. Os integrantes do Movimento João da Silva estiveram presentes na reunião e leram um manifesto da plateia, após receber uma resposta negativa quando solicitaram que o documento fosse lido durante a sessão. A atitude causou tumulto, já que 16 membros do Legislativo se retiraram no momento que a ONG leu o documento – apenas Elo Schneider (PTB) se manteve no plenário. Para que os parlamentares ficassem a par das reivindicações do grupo, eles entregaram uma cópia para cada um, conforme explicou um de seus integrantes, Jorge Buuron, em entrevista à Rádio Gazeta

“Aguardamos até o final para que fosse lido o nosso manifesto, o que não aconteceu. Solicitamos a palavra, mas não foi concedida. Dizem que é a Casa do Povo, mas o povo não tem voz”, contou Buuron. De acordo com ele, o tumulto não teria acontecido caso os vereadores tivessem lido o documento que, segundo o integrante, não cita nenhum político e não é direcionado a nenhum partido em específico. 

A principal reivindicação do Movimento João da Silva é que haja uma redução no salários dos vereadores. De acordo com ele, se os benefícios dos parlamentares passassem a ser de R$1,2 mil e houvesse redução de dois assessores por vereador, o Município economizaria R$ 4 milhões no próximo mandato, dinheiro que, segundo o integrante, “poderia ser aplicado em saúde e educação”. “Seriam essas as mudanças. Nós nem cogitamos corte de diárias”, explicou.

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O pedido para que haja redução no salário dos membros do Legislativo foi levantado por Tiago Machado, que não faz parte de nenhum movimento, na sessão da semana anterior, no dia 17. A partir daí, o João da Silva resolveu se juntar ao taxista na luta pela diminuição do montante pago aos parlamentares. “Fomos às ruas e coletamos quase duas mil assinaturas em apenas uma semana”, ressaltou Buuron. “Estamos aguardando algum vereador colocar em pauta essa votação. Não acontecendo, vamos entrar com iniciativa popular”, completou.  

Outro pedido do integrante do grupo é que seja colocado em uso novamente a tribuna popular. “Nos barraram porque deveríamos ser uma associação para poder se manifestar. Agora, o movimento está se regulamentando para se tornar uma ONG”, comentou.  

Buuron explicou ainda que o Movimento João da Silva está ciente que qualquer mudança no salário dos parlamentares só pode ocorrer a partir do próximo mandato, que passa a valer no início de 2017. “Eles podem colocar em votação este ano. Sabemos que no mandato atual nada vai mudar, mas queremos que de 2017 a 2020 seja assim. Propomos um valor (R$1,2 mil), eles nem vieram com contraproposta. Mostrou que não estão nem aí, nem dispostos a pensar no assunto”, salientou.  

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