Para ficar mais próxima dos fiéis, a Igreja Católica passou por mudanças a partir de 1965, atendendo às orientações do Concílio Vaticando II. A mais polêmica foi a celebração das missas, casamentos, batizados e outros na língua de cada país, para o povo entender o que estava sendo falado.
Até aquele ano, as missas eram rezadas em latim, com o padre de costas para os presentes. Apenas a homília era em vernáculo. Com as novas orientações, passaram a ser oficiadas em português, com o sacerdote de frente para o povo. O uso do latim não foi proibido, mas havia orientação para que fosse evitado.
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Outras mudanças também foram adotadas. Os fiéis não precisavam mais ajoelhar-se defronte ao altar para tomarem a comunhão e os padres não eram mais obrigados a andar de batina. No começo, usavam o clérgima (colarinho branco), mas ele também acabou abolido. Alguns religiosos mais antigos não dispensavam a batina. O bispo dom Alberto Etges fez questão de usá-la até os últimos dias de vida.
Para adaptar-se, ocorreram mudanças na Catedral São João Batista. O altar, no estilo de uma mesa, ficou cinco degraus acima do nível normal do templo, não ocorrendo alterações no altar-mor. O banco da comunhão (neogótico) foi removido, permanecendo apenas duas partes nas laterais.
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Pesquisa: arquivo da Gazeta do Sul
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