Polícia

Mulher morta pelo companheiro havia desistido das medidas protetivas judiciais

Uma relação conjugal marcada por conflitos teve um desfecho trágico na noite do último domingo, 17, em Candelária. Giuliane da Silva, 43 anos, foi morta com golpes de machado pelo companheiro de 44 anos, que confessou o crime. O assassino foi preso em flagrante e está recolhido no Presídio Estadual de Candelária.

O caso aconteceu na residência localizada nos fundos da Rua do Aqueduto, próximo do Arroio Molha Grande, na localidade de Linha Bernardino. Após cometer o crime, o homem foi até um vizinho e pediu para chamar a Brigada Militar.

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Ao chegar, os policiais militares constataram que a mulher estava sem sinais vitais. A casa, revirada, tinha sinais de que houve uma luta corporal.

O homem relatou informalmente à guarnição que a mulher teria tentado agredi-lo com uma faca e, para se defender, desferiu três golpes de machado. Ele atingiu a vítima na cabeça com a parte traseira do objeto cortante.

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Com as roupas sujas de sangue, o agressor foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia. O delegado Paulo Cézar Schirrmann disse que ele optou por permanecer em silêncio durante o depoimento e falar somente em juízo.

A equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve no local coletando provas. O corpo da mulher foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Santa Cruz do Sul, para exame de necropsia.

Vítima havia desistido de processo na Justiça

O casal, que vivia junto há nove anos, tinha uma relação tensa e com muitos conflitos. O delegado confirmou que Giuliane havia registrado um boletim de ocorrência por lesão corporal contra o companheiro, em dezembro de 2024. A investigação foi realizada pela Polícia Civil e o inquérito remetido à Justiça, que concedeu as medidas protetivas para a mulher por meio da Lei Maria da Penha.

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Mesmo possuindo as determinações judiciais, a mulher teria procurado o companheiro no dia do aniversário dele. Este teria se escondido para não se aproximar e descumprir as medidas. A Brigada Militar foi chamada e retirou Giuliane do local.

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No dia 17 de março deste ano, ela desistiu de seguir com o processo contra o companheiro na esfera judicial. A mulher, que não estava trabalhando por ter problemas de saúde, residia em um imóvel na área urbana de Candelária. O homem atuava como jardineiro e vivia na propriedade onde o crime aconteceu.

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O casal havia reatado recentemente e estava se encontrando com frequência. “Eles tinham o hábito de beber e, com o efeito do álcool, as brigas foram se tornando mais intensas. Infelizmente, era uma tragédia anunciada”, contou uma das pessoas que conhecia a rotina do casal e preferiu não se identificar.

O velório de Giuliane da Silva foi realizado ontem na Capela Municipal de Candelária. O sepultamento ocorreu no fim da tarde, no Cemitério Municipal do Bairro Marilene. Ela deixa uma filha, o pai e dois irmãos.

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Tiago Garcia

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