No Brasil, candidatos a cargos eletivos acreditam que o ambiente político ainda dificulta avanços para equidade. Mesmo com a Lei de Cotas, a percepção de 66% deles é de que os partidos políticos não fornecem condições iguais de concorrência entre homens e mulheres. Isso é o que mostra a pesquisa Mulheres na Política, realizada, este ano, pelo Instituto Datasenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, com candidatos e candidatas das eleições de 2018 e 2020.
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Segundo o instituto, a pesquisa buscou investigar os motivos da baixa representatividade feminina em cargos eletivos no país. A Lei de Cotas, de 2009, determina que os partidos políticos tenham pelo menos 30% de candidaturas femininas, para concorrer às eleições.
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E isso se confirma na realidade: nas eleições de 2018, a porcentagem de candidaturas femininas para deputadas federais foi de 31%. Na prática, elas ocuparam somente 15% do total de vagas. No Senado: somente 13% das cadeiras foram ocupadas por mulheres.
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Violência de gênero
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Para ela, as violências são de várias formas, inclusive as chamadas “candidaturas laranjas”, porque desmotivam as mulheres a seguirem a carreira política e interferem na democracia. “Elas acabam não tendo recursos, não tendo investimento nessa campanha. Não adianta a gente cumprir uma cota de candidatura se a gente não tiver investimento porque o que a gente quer ver não é só mais mulheres candidatas, mas mais mulheres eleitas, mais mulheres ocupando esses postos e esses cargos para os quais elas estão se candidatando.”
Segundo o estudo, somando as eleições de 2018 e 2020, apenas 33% dos candidatos eram mulheres enquanto na população elas chegam a 52% entre os brasileiros com mais de 18 anos.
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