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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Mundo bizarro

Quando criança, sempre gostei muito de super-heróis. Ficava encantado com seus poderes. No mundo infantil, o pensamento mágico é bastante relevante na construção da inteligência e da criatividade. Ao ver os desenhos do Super-Homem, sempre fiquei bastante intrigado com o Mundo Bizarro. Nesse mundo, numa dimensão de realidade paralela, tudo era ao contrário do que conhecemos. O Super-Homem Bizarro era do mau, as rodas eram quadradas, as pessoas andavam de trás para frente, diziam “tchau” ao chegar e “oi” ao ir embora. Uma confusão danada (e provocativa) para uma criança entender.

Ano 2020. Seis meses de pandemia. Cada vez mais percebo que chegamos ao ponto de estarmos vivendo no Mundo Bizarro. Tudo aquilo que parecia ser o normal terráqueo, definidor da espécie humana, rapidamente se tornou questionado e condenado. Hábitos e rotinas centenárias viraram negacionismo. Ciência virou dogma, com a precisão de uma biruta de aeroporto. Meros governantes e legisladores se colocaram no papel ditatorial de proibir as pessoas de decidir sobre suas próprias vidas.

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Fechamento de comércio, redução de horários, restrição de transporte público é muito bizarro. Para não dizer muito burro. Interessante que nas eleições eles (os geniais legisladores) querem estender os horários de votação. O ápice da canalhice é a Prefeitura de Santa Cruz do Sul fechar comércio, restringir a subsistência do cidadão e querer cobrar multa, juros e correção monetária se o contribuinte ousar em atrasar um dia seu imposto. Que cara de pau.

As escolas, num mundo sano, nunca deveriam ter fechado. Entre as causas de morte em crianças, a Covid-19 está na rabeira da lista. É tão desprezível que nem aparece em estatísticas sérias. Diferente de acidentes, que são a maior causa de morte entre as crianças, principalmente o trânsito. E daí? Vão proibir os carros de circular? Eu não duvido de nada neste mundo bizarro.

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Assim é o viver no Mundo Bizarro. Neurótico, embotado, amedrontado, sem espontaneidade nem autenticidade. Hipócrita, estéril e assexuado. Deus me livre de viver assim.

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