ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Na política como no amor

O comprometimento pessoal com a política se caracteriza por dois modos e aspectos de conduta. Há os praticantes com vocação profissional e de perspectiva realista e material. E há os idealistas e utópicos.

Os políticos “profissionais” são focados na relação utilitarista da prática política. Isto é, não desviam o foco, não tergiversam sobre o que é possível obter dessa relação em proveito próprio.

ads6 Advertising

Publicidade

Tocante ao comportamento de idealistas e utópicos, há na política, assim como no amor, um obscurecimento e uma incapacidade de análise e autocrítica. 

Comumente, quando em xeque o comportamento e as alegadas virtudes de seu líder, ou, inclusive, a razoabilidade de sua própria idealização, tais apaixonados beiram à ira e um ataque de nervos quando contestados, desacreditados, ou mesmo vulgarizados por outrem.

ads7 Advertising

Publicidade

Consequentemente, sente-se idiotizado e traído, embora permaneça inconfesso e defensivo. Afinal, entre aceitar os visíveis defeitos e a falácia de sua “idealização”, prefere ficar com o orgulho, a mitificação e as virtudes fictícias que o seu imaginário construíra.

Qualquer semelhança com o comportamento agressivo e ressentido de alguns “apaixonados” nas redes sociais não é mera coincidência.

ads8 Advertising

Publicidade

Logo, na política, como no amor, superar e sepultar as desilusões é uma tarefa inadiável, ainda que complexa e dolorosa. Quanto mais eficaz o ato de superação, mais cedo advirão renovados desejos e utopias. Vida que segue.

Afinal, como diria o francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), “sempre há outra chance, uma outra amizade, um outro amor. Para todo fim, um recomeço!”

LEIA MAIS COLUNAS DE ASTOR WARTCHOW

Publicidade

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta