Há poucos dias, celebramos o início do novo ano. Na passagem de ano, além das festas, comidas típicas, roupas especiais, das mandingas e simpatias, dos rituais, fazem parte as resoluções e promessas: parar de fumar, fazer exercícios, emagrecer, fazer algum curso, mudar de emprego, abrir o próprio negócio, cuidar da saúde, reatar ou encerrar algum relacionamento, melhorar ou recuperar as finanças pessoais ou familiares e por aí vai. A questão das finanças sempre é lembrada nesses momentos, com a promessa de que, no ano que inicia, vamos cuidar melhor do dinheiro, poupar algum valor, investir. Tudo muito vago.
Passada a euforia das festas, viagens, férias, etc, a pessoa se dá conta ou quer se justificar de que não consegue poupar algum dinheiro porque simplesmente não sobra. Carol Sandler, fundadora da plataforma online Finanças Femininas e da TV Carol Sandler, fez uma pesquisa junto a suas seguidoras, no Instagram, para saber qual era a maior dificuldade delas para guardar dinheiro. Além de alegarem a existência de dívidas e falta de planejamento, o motivo mais repetido foi que não “sobrava dinheiro”.
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Outra razão são os anunciantes e as empresas de marketing que afetam nossas emoções a cada dia, fazendo-nos ver os nossos desejos como necessidades. “É ainda mais difícil poupar hoje em dia, porque todas as grandes empresas usam milhares de dados para conhecer os hábitos das pessoas e fazê-las consumir cada vez mais. Não é fácil resistir à tamanha tentação…”, diz a economista Wendy.
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Para não ficar só em teorias, a economista Wendy sugere alguns conselhos para quem quer poupar, mas não consegue:
- Automatize: com a programação automática de valores poupados, não há necessidade de ter que tomar a decisão todo o mês, quando do recebimento do salário ou da renda;
- Comece no mês seguinte: isso reduz o sentimento de perda, que é sempre mais forte no presente do que no futuro;
- Corte no lugar certo: as despesas mais lembradas para reduzir são entretenimento, restaurantes, compras; mas, em vez de pensar gastar só “x” com alguma diversão, estabelecer e observar um número de vezes em que vai para determinado lugar; é possível, também, economizar nas compras de supermercado, no dia a dia, apenas diminuindo excessos e eliminando supérfluos;
- Preste contas: convidar alguém para “fiscalizar” suas ações; tem que ser alguém rigoroso, que cobre resultados;
- Enxergue-se no futuro: pesquisas mostram que a pessoa que vê uma foto sua envelhecida, o que um aplicativo faz com facilidade, propõe-se a fazer aportes maiores em seus investimentos;
- Olhe em volta: embora sejam individuais, as decisões de formar uma poupança para a aposentadoria vão afetar toda a família, no futuro.
Nos conselhos sugeridos pela economista Wendy, praticamente não existe cálculo a fazer nem preenchimento de planilhas. Não que não seja importante, nas finanças pessoais e familiares, saber fazer algumas contas, pesquisar preços, preencher alguma planilha, ter pelo menos média escolaridade, etc. São apenas ferramentas para subsidiar uma boa educação financeira. A maioria dos conselhos da economista Wendy focam em comportamentos. Educação financeira tem a ver com comportamentos em relação aos hábitos de consumo; é um modelo mental para a realização de sonhos e projetos.
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