A cada quatro anos, temos alguns meses de turbulência.

Denúncias anônimas, denúncias não anônimas, troca de acusações, passado revirado, presente revirado, agressões verbais, ameaças, cadeiradas, socos.

Entre alianças inesperadas e revelações de tirar o fôlego, mergulhamos no clima das eleições municipais.

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O mais profundo e fiel retrato da realidade política brasileira. Às vezes um circo, às vezes um desfile bizarro, às vezes uma epifania, às vezes um nada.

A proximidade nos torna quase íntimos e, ao mesmo tempo, estranhos.

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Inevitável olhar o parente, o amigo e se perguntar: o que é tão precioso que justifica entrar nessa arena de leões esfaimados? Bons propósitos? Desejo de contribuir com um mundo melhor? Dinheiro? Vaidade?

Minha amiga Maria E. se diverte assistindo à propaganda: “Há uns ‘eternos’ que sempre concorrem para dar legenda e se acomodar depois”.

O ceticismo dela se justifica. Sofremos uma quase coletiva descrença na política. E nos políticos.

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Isso não é bom. Essa briga encarniçada deveria ser, de fato, um grande momento. Hora para repensar a cidade e seu futuro.

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Mas que nada… é o show que impera. Mal nos recuperamos de uma notícia demolidora, nem sabemos ainda se ela é verdadeira ou falsa, e já surge outra.

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Fulano que critica Sicrano que acusa Beltrano que ofende o X que desqualifica a Z que desafia o Y que reclama de todos os outros.

E assim vamos. Em meio ao salve-se quem puder, temos que decidir o voto.

Nem precisaria dizer, porque vocês já sabem. Decidir não está fácil.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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