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‘Ninguém pode me julgar sem conhecer minhas razões’, diz mãe que abandonou bebê

Vitória nasceu há pouco mais de quatro dias, mas sua concepção gerou polêmica em Sobradinho e no Estado. Com aproximadamente 3,6 quilos, a menina apresenta um aspecto de criança saudável, sem qualquer complicação. É o xodó da família, sobretudo da avó. A mãe, uma jovem de 20 anos, que já está lhe amamentando, ainda bastante nervosa pela atitude que teve, deu sua versão para os fatos.

Segundo ela, por volta das 21 horas da última terça-feira, 20, começou a sentir as dores do parto, ainda em casa. A gravidez havia sido escondida dos pais. “Por medo”, resumiu. A previsão que tinha era de que ganharia o bebê somente em dezembro. Mas a data estava completamente errada. Foi até o banheiro e, ao fazer força, ganhou a filha sem o menor esforço.

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Quando estava voltando para casa, a mãe, na intenção de contar para o pais o que havia ocorrido, encontrou a família que já estava lhe procurando, afinal ela havia desaparecido. “Eles me levaram para o Pronto Atendimento do Hospital São João Evangelista, onde fui atendida. Lá, contei para minha cunhada a respeito do que havia ocorrido. Eles foram lá e trouxeram minha filha de volta. Nunca tive a intenção de abandonar ela lá, estava somente ganhando tempo para criar coragem e contar para os meus pais. Tinha muito medo”, explica.

A mãe ainda diz que ninguém pode a julgar sem conhecer suas razões. “Ela é minha primeira filha e tive muito receio de contar a verdade para os meus pais. Eu amo minha filha e não quero mais ficar longe dela. Em nenhum momento eu imaginei de simplesmente abandonar meu bebê lá. Estava assustada, desolada, sozinha e muito nervosa. Quem nunca errou uma vez na vida que atire a primeira pedra. Me arrependi do que fiz, pois se eu tivesse falado simplesmente a verdade não teria acontecido isso”, diz.

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O abandono do bebê ocorreu na madrugada desta terça-feira, 20, em Sobradinho, por volta das 6 horas, em meio à vegetação no Bairro Peões. Ela deu entrada no Hospital São João Evangelista em seguida, onde um enfermeiro desconfiou do Estado da paciente, e ligou para a Brigada Militar, alertando sobre o caso. Lá a jovem confessou aos policiais onde havia deixado o recém-nascido. A cunhada da moça já havia localizado a criança, enrolada em um tapete, suja de sangue, terra e folhas.

O bebê do sexo feminino, que nasceu com 3.650 quilogramas, foi levado imediatamente ao hospital onde passou por exames. O conselho tutelar da cidade foi acionado, e entregou a guarda aos familiares da jovem de 20 anos.

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