Sou do tempo em que nas solenidades públicas, das mais singelas como em um pátio de escola ao palco mais cortejado da cidade, se chamava para compor a mesa principal o prefeito, o presidente da Câmara, o juiz, o promotor, o comandante militar, o delegado, depois o bispo, o pastor e até o jornalista.
Mas isso passou e, felizmente, como repórter já não era convocado ao palco. Nem o bispo e o pastor. Também não o juiz, o promotor, o delegado, o comandante, todos mais ocupados com seus afazeres do que com protocolos sociais.
Faço essas considerações para propor uma reflexão: o que, afinal, confere autoridade e notoriedade a alguém? O poder econômico/financeiro dos poderosos? O voto dos eleitos? O cargo dos ungidos pelo poder? Quem sabe a notoriedade, a palavra, escrita ou falada, de quem procura traduzir a realidade?
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Simples: superados os protocolos da época, o que confere poder e autoridade a alguém é a relevância, a ação, o protagonismo.
Este é o ponto: protagonismo. Mais do que nunca, estamos precisando de protagonistas, de líderes, de pessoas que inspirem, que têm luz própria e não precisam se escorar em lado A ou B para tentar brilhar e nos mandar a conta.
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Pensando bem, chegamos até aqui e nas condições em que nos encontramos hoje porque, passo a passo, visionários, empreendedores, corajosos investidores apostaram o melhor de si nesta terra. Alguns por vocação, por ambição ou comprometimento com a sua comunidade. Outros, vindos do além-mar, que nos adotaram e robusteceram esta terra com sua visão empreendedora.
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É assim que se constrói a história de uma comunidade, de uma cidade, de um município. Poucos dias mais e vamos falar do aniversário de Santa Cruz do Sul. Tão importante quanto reverenciar essa data é enxergar o nosso papel neste contexto.
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Vamos lá. Eu e você: como cidadãos, estamos sendo minimamente responsáveis com o uso dos recursos naturais, com a sustentabilidade, a destinação do lixo doméstico? Contribuímos com a comunidade de alguma forma ou nos resguardamos por trás dos muros do nosso restrito mundo privado?
As autoridades vão se sucedendo, os protocolos mudam, os critérios se ajustam a quem os estabelece. No palco da vida, você se colocaria na mesa principal, não por cargo, mas por mérito?
Quem sabe há em você um protagonismo que ainda não despertou ou que está acorrentado à sua acomodação, à falta de comprometimento com a comunidade?
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