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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Nova defesa de Palocci diz que Lava Jato não fez ‘exigências’ para delação

Os novos advogados de Antonio Palocci informaram neste domingo, 14, que a força-tarefa da Operação Lava Jato não fez ‘qualquer exigência, nem sequer mínima alusão’ para que o ex-ministro (Fazenda e Casa Civil dos Governos Lula e Dilma) trocasse de defesa como condição para negociar delação premiada. Palocci trocou seu quadro de defensores na sexta-feira, 12. 

Desde o início da Lava Jato – e também em outras causas de grande repercussão – ele era representado pelo criminalista José Roberto Batochio, de São Paulo.

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Em março, interrogado pelo juiz Sérgio Moro, o ex-ministro de Lula e Dilma acenou claramente com a disposição de colaborar. Disse, na ocasião, que teria nomes e situações para revelar e que tais dados fariam esticar a Lava Jato por mais um ano, pelo menos.

Durante esses meses de prisão ele ainda mantinha expectativa de ganhar liberdade por meio do clássico caminho do habeas corpus nos tribunais superiores. Mas as investidas foram todas infrutíferas, embora ainda pendente um pedido no Supremo Tribunal Federal – o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, mandou o habeas de Palocci para o Plenário, mas sem data para apreciação.

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Batochio é um veterano da advocacia que rigorosamente não atua em demandas de delatores. Na própria Lava Jato ele saiu da defesa do lobista Julio Camargo que fez delação e revelou propina de US$ 5 milhões para o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Palocci contratou o advogado Adriano Bretas, defensor de outros alvos da Lava Jato que escolheram a delação como atalho para deixar a prisão.

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Em nota divulgada neste domingo, o Bretas Advogados, estabelecido em Curitiba – base da Lava Jato -, fez um esclarecimento público, no qual destaca que ‘a ética conduz e sempre conduziu seus trabalhos’.

O texto é subscrito pelos advogados Adriano Bretas, Tracy Reinaldet, André Pontarolli e Matteus Macedo.

Eles observam que o advogado que os antecedeu ‘sempre anunciou publicamente que, dependendo da alternativa escolhida pelo cliente na estratégia de sua defesa, renunciaria à causa’.

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“Não houve qualquer exigência, nem sequer mínima alusão, por parte do Ministério Público Federal ou da Polícia Federal na contratação ou destituição deste ou daquele escritório”, sustentam Bretas e sua equipe. Tal escolha foi feita por livre e espontânea vontade do sr. Antonio Palocci Filho.”

Bretas Advogados também fustigou a versão sobre eventual desistência do pedido de habeas. “Desistir ou prosseguir no habeas corpus é uma escolha livre e exclusiva da defesa, sem qualquer interferência, muito menos ‘exigência’, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal ou de quem quer que seja.”

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