A Prefeitura de Santa Cruz do Sul vem investindo em uma nova tecnologia com a proposta de melhorar a trafegabilidade das estradas do interior. A estabilização de solos, novidade importada da África do Sul e testada de maneira inédita pelo município no Rio Grande do Sul, foi inicialmente implantada em um trecho de um quilômetro na Rua Bruno Pritsch, em Linha João Alves. Apesar de resolver o problema dos buracos, os moradores reclamam que a obra não solucionou a questão da poeira na localidade.
Segundo o motorista Moacir Inácio Müller, de 42 anos, o piso na frente de casa é a prova de que a terra se espalha após a passagem dos veículos. “Se limpar pela manhã, à tarde já está tudo sujo novamente.” O morador conta que, com a estrada em melhores condições, os condutores aumentaram a velocidade, o que potencializou o incômodo e os riscos de acidentes. “Talvez uma solução seria a instalação de placas ou quebra-molas”, opina. Para Müller, o que toda comunidade realmente espera é pelo asfalto. “Há anos nos prometem a pavimentação até o cemitério.”
A vizinha Luciane Fritzen, de 43 anos, também acredita que a pavimentação seria a solução definitiva para a localidade. “As obras foram muito bem feitas e realmente resolveram o problema dos buracos. Hoje não precisamos mais desviar das gamelas para levar a produção agrícola para casa de trator, mas não vi nenhuma diferença em relação à poeira”, diz. Moradora da Rua Bruno Pritsch há 22 anos, a agricultora conta que nos horários em que o ônibus escolar circula, sempre se levantam nuvens de terra. “O trabalho ficou bom, mas não é tudo que prometeram.”
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O secretário municipal de Obras e Viação, André Scheibler, reforça que os transtornos em Linha João Alves são momentâneos. Segundo ele, após a aplicação do chamado Con-Aid, geralmente ocorre a produção de argila depois das primeiras chuvas, até o produto ser totalmente absorvido.
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