Hoje é o Dia Internacional do Aperto de Mão. Já pensaram que coisa legal? Gesto que começa pela ideia de que todo ser humano é digno de respeito. Coisa delicada neste patropi contemporâneo de delações premiadas e cara de pau festejada.
Por estas e aquelas, o Pêndulo do Relógio – mano velho de guerra – também me deu aquele abraço gostoso. De tapinha nas costas. Coisa tão brasileira. Como o samba e o gingado só nosso.
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Continuaremos a cantar e a apertar as mãos do próximo. Nada mais sublime do que a relação afetiva entre seres humanos; inefável reflexo da amizade que temos pelo nosso Criador: o maior Amigo de todos os amigos.
Na Bíblia, considera-se a amizade como a forma mais perfeita do amor gratuito, caracterizada pela participação e solidariedade incondicionais. A amizade de Lídia, Prisca e Aquila pelo apóstolo Paulo é um forte exemplo disso.
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A liturgia cristã, por exemplo, pode ser percebida como a expressão mística de louvor que se caracteriza pela profunda amizade com o Deus da vida que é Pai, Filho e Espírito Santo. Nas religiões, em geral, o aperto de mão e o abraço são gestos de profunda reflexão teológica. Ao abraçar o outro, abraço o sagrado que existe no outro e vice-versa. É gesto de paz de que tantos precisamos em tempos de “viva quem vence a qualquer delação”.
Aperto de mão e música nos fazem pensar em paz. Que poderá nascer após o cordial e pacífico cumprimento de um simples aperto de mão; um gesto de acolhida dispensador de palavras. Olhando para o amigo que nos conhece e ao mesmo tempo nos deixando contemplar, o silêncio se torna eloquente.
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Feliz Dia do Aperto de Mão! Que seja um dia musical. E que todos nos abracemos e deixemos abraçar pela vida. Com carinho e calor. O viver sob o sol só nos garante uma certeza. Fora do amor, do Infinito – da Caridade – não existem certezas, minha gente.