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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

O cisne

A pretexto das dificuldades de fazer política “sem sujar as mãos”, ou no exercício da troca de favores para construir maiorias parlamentares, os governos e os partidos realizam o “loteamento” de órgãos públicos. Dada a natureza do recrutamento de pessoal e os compromissos prévios entre as partes, habitualmente essa prática implica transgressões e negócios escusos.

Consequentemente, sempre reina um pacto do silêncio, salvo raras exceções. Nesse sentido, parafraseando o filósofo alemão Ludwig Wittgenstein, resulta que “o que não pode ser dito deve ser calado!”. Daí que, em geral, a discussão pública pouco é em torno do núcleo das suspeitas de fraudes e desvios (furto!) de dinheiro público, mas, sim, se houve traição e quebra da “ética” entre as partes.

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Nassim Nicholas Taleb é um matemático e professor libanês, autor de um livro chamado The black swan: the impact of the highly improbable. Em português: “O cisne negro: o impacto do altamente improvável.” Até o “descobrimento” da Austrália, supunha-se que todos os cisnes fossem brancos. A Austrália, onde existe o cisne negro, mostrou a possibilidade de uma exceção.

A teoria do cisne negro tem três características: é altamente inesperado, tem grande impacto, e, depois de acontecer, procuramos dar uma explicação para fazê-lo parecer o menos aleatório e o mais previsível do que era. O autor prega que é fundamental manter o hábito de questionar estruturas de pensamento e atitudes, mesmo que isso exija ações não ortodoxas.

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A teoria e a hipótese do cisne negro parecem se encaixar nas expectativas de segmentos do eleitorado brasileiro, especialmente aqueles que sonham com uma terceira via na próxima eleição presidencial. Porém, desconfio que sufocarão o cisne negro para não precisar alterar o enunciado!

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