Fora de Pauta

O futuro da dupla Gre-Nal através da base

Futebol. Um esporte que apaixona bilhões de pessoas ao redor do mundo. Quem gosta do esporte, vai aos estádios torcer ou vibra na frente da televisão pelo seu time. Tornou-se uma modalidade que economicamente movimenta cifras milionárias, que faz qualquer pessoa ficar de queixo caído, tamanhos os valores pagos aos jogadores que conquistam o sucesso pelo seu talento em campo.

Ao analisar os plantéis de Flamengo e Palmeiras, hoje os principais clubes do Brasil, além do dinheiro e de grandes jogadores, em comum, os dois clubes apostam em talentos da base nas suas equipes principais.

Além da qualidade, os meninos são verdadeiros cheques em branco que rendem milhões aos cofres com vendas estratosféricas. Conforme dados da coluna Gato Mestre, do Globo Esporte, somente em 2025 o Flamengo faturou R$ 513,3 milhões com a venda de cinco jogadores, sendo dois da base (Wesley e Matheus Gonçalves). Já o Palmeiras pode ultrapassar R$ 700 milhões em vendas de atletas até o final do ano. Estevan, o principal nome da base palmeirense, foi vendido recentemente ao Chelsea, da Inglaterra, por R$ 161 milhões.

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No Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional parecem caminhar na direção oposta ao que os principais clubes do centro do País fazem em termos de gestão de futebol. Os dois clubes gaúchos têm optado por usar poucos atletas da base em seus times e por contratar jogadores com idade avançada ou estrangeiros desconhecidos. Alguns tem dado resposta em campo e outros não. O resultado que vemos no momento: times com baixa qualidade, em situação de meio de tabela e brigando para não serem rebaixados à Série B.

A pergunta que muitos torcedores da dupla Gre-Nal hoje fazem: por que não apostar mais na base? Na sua gloriosa história de conquistas de títulos nacionais e internacionais, Grêmio e Internacional sempre tiveram a base como esteio. Falcão, Renato Portaluppi, Danrlei, Roger, Carlos Miguel, Rafael Sóbis, Alexandre Pato, Luis Adriano, Marcelo Grohe, Arthur e Luan são alguns exemplos de jogadores formados nas bases de tricolor e colorado, que fizeram sucesso com conquistas e geraram receitas posteriormente com vendas.

Entendo que Grêmio e Internacional precisam fazer uma correção de rumo em suas gestões. Os dois clubes necessitam ter gestores mais responsáveis, com conhecimento de futebol e que voltem a apostar na base. Alisson, um menino da base gremista, decidiu o Gre-Nal do último domingo. Luiz Otávio, um menino da base colorada, pode ser a solução do meio-campo do Inter, para citar dois exemplos recentes.

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Meninos com potencial, mas é preciso acreditar e dar sequência para que joguem, sejam campeões por aqui e aí sim, ambos sejam vendidos para equilibrar as contas dos clubes. Por mais que a lei permita e os clubes precisem, acho prematuro vender meninos antes que atinjam as equipes profissionais. Penso que o menino precisa jogar por, pelo menos, um ano no time principal do clube formador. Apostar e acreditar na base é o caminho para o futebol gaúcho voltar a competir com os grandes, buscar novas façanhas, à altura de nossa história no futebol, e equilibrar as receitas para ter saúde financeira no futuro.

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Tiago Garcia

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Tiago Garcia

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