Das promessas de início de ano, uma delas, para muita gente, é mudar hábitos financeiros. Muitos recorrem a dicas de especialistas que, geralmente, estabelecem regras rígidas, mudanças radicais na rotina, privações, etc. Uma delas sugere passar a vida, anotando cada gasto efetuado, até os miúdos. Aí, por falta de disciplina, por não saber o que fazer com essas anotações ou por não perceber benefícios imediatos, a maioria manda tudo “às favas” e não anota mais nada, voltando ao descontrole financeiro.
A metodologia da DSOP – Educação Financeira, por exemplo, também recomenda anotar os gastos, mas apenas durante um mês, o que deve ser repetido a cada ano, para fazer um diagnóstico da situação financeira e estabelecer um orçamento para os próximos 12 meses. Aliás, o que faz a diferença, de acordo o especialista em educação financeira, Álvaro Modernell, não é ter tudo anotado. “É ter postura consciente, educação financeira que ajude a evitar impulsos de consumo, a manter distância das dívidas, a respeitar limites de compras e gastos, a fazer investimentos conscientes, a cultivar bons hábitos financeiros. As atitudes influem mais do que os registros.”
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Quem deixou para a última hora para encaminhar sua declaração de renda pode ter tido dúvidas sobre algum item, falta de algum documento, além de congestionamentos ou quedas na conexão com o site da Receita. Mesmo cumprindo a obrigação com má vontade, o dinheiro preza quem o respeita, tem disciplina e organização.
Não há duvida de que a carga tributária, no Brasil, é muito alta. As empresas e famílias brasileiras entregam aos cofres públicos 40% do PIB que é o total dos bens, serviços e riquezas, geradas no país, durante um ano. O que torna a obrigação mais revoltante para os contribuintes é que, de um lado se paga muitos impostos, e, de outro, os retornos públicos são muito poucos – falta segurança, pouco atendimento e recursos para saúde, estradas precárias, educação de má qualidade, etc . -, enquanto, ao mesmo tempo, a mídia não para de divulgar novas e chocantes notícias de políticos e empresários metidos em falcatruas, com suspeitas de desvios de bilhões de reais.
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