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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

O medo manipulado

Desde sempre, estudos históricos e sociais têm ensinado acerca de consequências relacionadas ao sentimento do medo. Tanto em ameaças físicas quanto psicológicas, a sensação de medo desperta alertas e reações surpreendentes.

Diante de um fato novo, estranho e desconhecido, fora da rotina, e face à incapacidade de dimensionar suas consequências imediatas e futuras, flui naturalmente o sentimento de ansiedade, estranhamento e medo.

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As reações face à eleição, ao governo e à retórica do republicano, conservador e empresário Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Aliás, candidato e favorito à reeleição.

Nesse sentido, no meio jornalístico, acadêmico e político-ideológico, em especial, predomina o entendimento de que essas reações populares e eleitorais caracterizariam o que se denomina em política, regra geral, como que de “comportamento e ação de direita”.

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Novas maiorias agora nominadas de conservadoras e de direita. Por que a maioria do povo teria mudado de opção se havia uma habitual prática anterior?

Não por acaso, por cautela, com certeza, mesmo governos não conservadores também estabeleceram restrições aos prováveis migrantes.

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É simplesmente o medo. Não bastasse o desemprego atual (fator principal de restrição migratória), ainda impera o temor da violência aleatória (diferenças e conflitos étnicos e religiosos).

Recentemente, mesmo os brasileiros, sempre elogiados pelo bem-receber, estranharam a onda migratória venezuelana. Recordem a reação do povo de Roraima.

Evidentemente que, do ponto de vista político-eleitoral, haverão de colher dividendos nas urnas aqueles que alertavam quanto às consequências para o meio e modo de vida local.

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Ainda que agindo de modo preconceituoso e demagógico, às vezes. Afinal, a manipulação do medo (e da desestabilização social) se dá tanto à direita quanto à esquerda das opções político-ideológicas.

Concluindo. Se o motor da história em Karl Marx é a luta de classes, em Thomas Hobbes é o medo. Ou, então, em Erich Fromm é o medo à liberdade.

O medo faz com que dominemos e sejamos dominados. Pior, o mesmo medo que salva é o medo que pode matar!

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