Desde a identificação do problema, ainda em solo chinês, e a notificação pública – pela Organização Mundial da Saúde-OMS – de que estávamos diante de uma pandemia, transcorreu um conturbado debate mundial.
Recuperadas as memórias de enfermidades graves do passado, e por analogia, prosperaram modos tradicionais para prevenção sanitária e tratamento do vírus.
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Mais frequentes no decurso do tempo, essas hipóteses passaram a ser objeto de politização, de ideologização e, inevitavelmente, de “caça às bruxas”. “Sem comprovação científica!”, o mantra e a resposta que se lhes atribuía, com ironia e desdém.
Logo, sem que saibamos com precisão o que passa a ser ação, reação, ou o que é consequência de ambas, em moto-contínuo neurótico, inúmeros e polêmicos procedimentos determinados por governos e comunidades científicas locais e internacionais “alimentam” a confusão.
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Embora verdadeira a ação da moléstia, a reação das autoridades estatais e científicas, entretanto, é insuficientemente clara, qualificada e uníssona, o que explica a propagação do medo como antídoto imediato.
Alicerces sociais e tradicionais, a exemplo de meios de comunicação, universidades, centros científicos, entre outros, foram contaminados paulatinamente pelos jogos de vaidade, interesses e poder. Pior: como se uma religião fosse, a ciência resultou dogmatizada!
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O futuro dirá se seremos capazes de restaurar os sentimentos coletivos de coragem e de esperança, neste momento ambos cruelmente desidratados pelo poder do medo!
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