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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

O penúltimo romântico

Depois de certa idade, hábitos se transformam em manias. É inevitável. Por isso, como diz o ditado moderno, “admite que dói menos”. Faço um grande esforço para assimilar novidades neste momento de “quase sexagenário”.

Semana passada descobri ser portador de hérnia de disco, mal que acometeu meu pai, um calvário que impingiu dor e sofrimento. Após comentar a novidade com amigos, recebi uma enxurrada de dicas: quiropraxia, acupuntura, fisioterapia, exercícios supervisionados. São valiosas dicas que vou sistematizar com o binômio eficiência-custo.

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 Minha mania mais frequente é deixar bilhetes manuscritos sob a escova dental da Cármen. São mensagens como “um ótimo dia, saúde e bênçãos”. Desejos triviais com o objetivo de mostrar que lembrei e valorizo a presença da mulher que me aguenta há mais de 30 anos e mãe de dois filhos maravilhosos.

Ao menos duas vezes por mês, compro flores em datas “nada a ver” com ocasiões especiais como Dia das Mães, dos Namorados ou aniversários. Além de gostar do colorido, considero uma manifestação de afeição e carinho para quem merece o reconhecimento pelo tempo de convivência em comum.

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A face que mais valorizo no romantismo é o cavalheirismo. São estes pequenos gestos de abrir a porta do carro para a amada, deixá-la sair primeiro do elevador, mandar um WhatsApp sem motivo especial no meio do dia.

 “Vamos almoçar ou tomar um cafezinho no final do dia… Estou com saudades!” É uma singela mensagem para demonstrar que lembrei dela, que tantas alegrias me deu ao longo de três décadas de cumplicidade. Para alguns, certamente, tudo isso que descrevi até aqui soa bobagem, devaneios de um imaturo senhor. Democracia é isso, livre manifestação de pensamento e opinião.

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