Benno Kist

O ponto alto da alegria

A nossa Oktoberfest, ou “Festa da Alegria”, que encerrou sua 40ª edição no último domingo, está cada vez mais consolidada na comunidade santa-cruzense e consagrada pelo público visitante, dos mais diversos lugares. Envolve muitas atrações, mas parece não haver dúvida de que o ponto alto e marcante permanece sendo o desfile, onde explode a alegria dos milhares de figurantes e de assistentes, numa linda integração de famílias (participam desde idosos de quase 100 anos até as crianças) e uma entusiasmada interação entre quem desfila e quem assiste.

A atração está presente desde 1985, na segunda edição da festa concebida pela administração Armando Wink com o secretário de Turismo Ademir Mueller, um ano antes. Também então, o primeiro desfile, previsto para 29 de setembro (ainda começava neste mês, no aniversário do município), teve que ser cancelado devido à instabilidade do tempo, como se fez necessário por duas vezes em 2025, mas foi levado à rua do “Túnel Verde” no segundo domingo da festa (dia 6 de outubro), pontualmente às 10 horas, como acentuava a Gazeta do Sul (08/10/1985).

“O desfile de carros alegóricos”, dizia a notícia, “correspondeu às expectativas de seus organizadores Edson Oiagen e Claudio Mahlmann”, que consideraram fundamental essa pontualidade, para “manter o respeito e interesse do público e reforçar o brilhantismo para a continuidade da Festa da Alegria”. Informava-se que “21 alegorias tomaram conta da principal rua da cidade, numa soma que resultou em Cultura, Tradição e História, além da comprovação de um engajamento de todos os setores da comunidade”, realçando a grandeza, a força turística e identidade do evento ligado às origens germânicas.

Publicidade

Este espírito guiou a promoção nos anos seguintes e chegou a quatro décadas (agora coordenado por Gilberto Eidt, vice da festa presidida por Mathias Bertram), mostrando não só pontualidade, como o vigor da participação familiar e popular, em 41 representações dos mais diferentes setores da sociedade. Incluiu dez belos carros com alegorias, revivendo Memórias/Lembranças e celebrando Tradições (tema do ano), destacando ainda “O Imigrante”, “A Família”, “As Soberanas”, “Gratidão” (aos organizadores desde o início), além dos símbolos “Família Fritz e Frida”, “O Central” (pavilhão sempre destaque da festa, que agora sediou o Palco Gazeta/80 anos), “As Cucas” e “O Bierwagen”, presentes desde logo.

Já participando há mais de 20 anos do desfile (pelo Coral da Afubra, que faz 30 anos e sempre prestigia os bons encontros de corais que a Oktober mantém), pude vivenciar novamente (nas duas vezes em que ocorreu, com destaque para o noturno) todas as fortes emoções e a incomensurável representatividade do evento, ao sentir a vibração positiva e interagir com as pessoas, a partir das famílias presentes.

Começando pela própria, onde entre os cinco netos, a pequena Laura (ou “Lala”, como diz), com menos de dois anos e trajinho típico, já veio ao encontro dançando e fazendo pulsar ainda mais o coração do vô.

Publicidade

Quem veio de fora (RJ, no caso do concunhado Alírio Montebrune, que sempre admirou nossa cidade e inclusive agora se instalou aqui com sua família) ficou novamente muito impressionado com os sentimentos de pertencimento e orgulho dos moradores, de liberdade e segurança, acolhimento/confiabilidade, cuidados com o ambiente, entre outros. Um testemunho de belos valores, a que cada vez mais precisamos fazer jus, para continuarmos nos sentindo bem e felizes em nosso meio.

LEIA MAIS TEXTOS DE BENNO BERNARDO KIST

QUER RECEBER NOTÍCIAS DE SANTA CRUZ DO SUL E REGIÃO NO SEU CELULAR? ENTRE NO NOSSO NOVO CANAL DO WHATSAPP CLICANDO AQUI 📲. AINDA NÃO É ASSINANTE GAZETA? CLIQUE AQUI E FAÇA AGORA!

Publicidade

Benno Kist

Share
Published by
Benno Kist

This website uses cookies.