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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

O que fazer com o 13º salário e outras verbas extras?

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Fim de mais um ano e início de outro. É tempo de festas, presentes, viagens, férias e,  também,  de dinheiro extra nas contas bancárias ou, em espécie, no bolso de milhões de brasileiros. Além de bônus, participação em lucros, gratificações, tem o 13º salário! É uma montanha de dinheiro que, além  de fazer a alegria dos beneficiários, vai aumentar o movimento do comércio, indústria, serviços, etc. Até o fim do ano, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o benefício só do 13º salário deve injetar R$ 211 bilhões na economia brasileira. De acordo com o mesmo Departamento, nos municípios do Vale do Rio Pardo serão R$ 224,5 milhões.

Em matérias de jornais ou reportagens de rádios e tvs, a maioria dos economistas ouvidos recomendam, em primeiro lugar, pagar as dívidas. Esses especialistas ainda estão presos à teoria econômica clássica que diz que os agentes econômicos – que são essencialmente as pessoas – são  seres totalmente racionais, capazes de tomar as decisões mais eficientes com base nas informações disponíveis, e não levam em conta ou ignoram a economia comportamental que explica que não agimos só por razão, mas, principalmente, por emoção. Boa parte dos beneficiários só pensa nisso também. Afinal, a maioria das pessoas de bem não gosta de ficar devendo. Muitas vezes, não tem jeito mesmo, a pessoa precisa liquidar pendências, às vezes vencidas há bastante tempo, sob  risco de enfrentar problemas maiores. 

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Região receberá R$ 224,5 milhões com o 13º salário

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Mas será que as verbas extras, principalmente o 13º salário, foram instituídas para pagar dívidas? É evidente que não. Reinaldo Domingos, educador financeiro e mentor da DSOP Educação Financeira, acha compreensível e até elogiável essa disposição das pessoas em pagarem logo o que devem, mas não deixa de ser um grande erro. Aliás, mostra que a pessoa ou família estão gastando mais do que sua renda normal permite. Dinheiro extra não deveria ser utilizado para quitar dívidas, pois o correto é planejar e ter dívidas que caibam no orçamento mensal. O 13º e outras verbas extras são valores a serem recebidos como um presente; uma parte deveria ser utilizada para realizar sonhos e objetivos, além das despesas próprias de fim de ano, como presentes, festas, viagens, etc.; outra, para poupar e aplicar em algum investimento, proporcionando uma renda extra e reserva financeira para o futuro.

Foto: Divulgação

Ao receber o 13º salário e outra verba extra qualquer, a pessoa deve, antes de qualquer coisa, fazer um  diagnóstico ou análise de sua situação financeira. Durante um mês – se tiver renda fixa – ou três meses – se a renda for variada – anotar todos os gastos, desde o valor de um simples cafezinho até a prestação do carro ou da casa. É evidente que, agora, não dá tempo para fazer isso da forma recomendada, mas, levando em conta despesas já previstas durante o mês, permite saber qual a situação financeira atual. Ao mesmo tempo, fazer um levantamento das dívidas, levando em conta os encargos que elas carregam (juros mais altos, multas), prazos de vencimento, possibilidade de ter que entregar o bem ou até corte de serviços, como da energia elétrica. A partir daí, tentar negociar esses valores com os credores, usando, então, as verbas extras para pagar parte ou tudo o que deve.

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Quem já recebeu, antecipadamente, as verbas extras de fim de ano, na própria empresa ou na instituição onde trabalha, ou, ainda, ofereceu o 13º salário  como garantia para pagamento de algum empréstimo específico de banco,  não tem o que fazer. Em muitos casos, essa antecipação pode ter sido vantajosa, principalmente para quem  estava endividado,  pagando taxas mais altas de juros, ou sujeito a perder seu bem por falta de pagamento de parcelas. 

Entretanto, quem fez uso do recurso da antecipação ou está com contas atrasadas deve, pelo menos, fazer uma reflexão para saber porque ficou em situação de endividado ou até inadimplente. Foi por necessidade, algum imprevisto, falta de planejamento, precipitação ou consumismo?  É uma recomendação que raramente se ouve ou se lê por aí, mas, a  partir da resposta a cada um desses motivos – e outros que possam ocorrer -,  comprometer-se a iniciar e fazer um ano novo diferente, com educação financeira.

Foto: Divulgação
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