O vazio da alma na era digital

A depressão está entre as doenças mais preocupantes de nossa época. Por que estamos tão depressivos? Qual é a verdadeira causa desta epidemia?

Como uma observadora profissional da vida e uma estudiosa de futuros prováveis, vejo mais ingredientes por trás desse assunto. Há muita gente sentindo um grande vazio existencial, típico de uma época de transição como a nossa, onde tudo está em mudança acelerada e muitas vezes a esperança de um futuro melhor diminui, gerando uma grande exaustão emocional.

Nenhum tratamento médico pode ser desprezado. Precisamos fazer a nossa parte nos tratamentos e considerar nossa participação e as terapias integrativas como parte da cura para os estados depressivos. É uma doença da alma, não da mente ou da genética.

Percebo que entre os depressivos há algumas características comuns, a maior delas é uma grande desconexão consigo mesmos e com o grande guia interior da existência. Não se reconhecem, não reconhecem o território e poucas coisas fazem sentido ou despertam sua luz interior. Quando perguntas essenciais gritam em nossos ouvidos todos os dias, ficamos confusos. Quem somos, o que fazemos aqui, de onde viemos, para onde vamos e como podemos criar uma vida relevante para nós mesmos e uma marca importante nesta passagem terrena.

Reconheça seu vazio e a origem de sua depressão, e não trate esse assunto de forma leviana ou pense que é apenas uma fase. Procure ajuda profissional e investigue o problema principal, não os sintomas. Pergunte-se se o que você está construindo é relevante e por que levanta da cama todos o dias.

Muita gente sabe que não está em sua trilha de vida autêntica e precisa olhar para isso com urgência. O pior dos arrependimentos do ser humano é o de não ter vivido como gostaria ou não ter sido quem deveria ter sido durante a vida. Não permita que sua vida se desvie de seu caminho original, e que sua obra seja um feito tolo.  Um dia você terá de olhar pelo retrovisor e precisará gostar do que vê pelo espelho.