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Obra de pavimentação não avança e causa transtornos em Candelária

A pavimentação do prolongamento da Rua Botucaraí, no trecho a partir da segunda unidade da Calçados Beira Rio até o trevo de acesso à RSC-287 e localidade de Linha Boa Vista, em Candelária, tem causado transtornos para aproximadamente cem moradores. O trabalho, que teve a ordem de serviço assinada em dezembro de 2023 e começou no segundo semestre do ano passado, foi paralisado há aproximadamente dois meses e está sem previsão de retomada. A responsabilidade pela obra é do consórcio formado pelas empresas Conpasul, Mave e Avante.

Danilo Prestes e Luiz Carlos Dutra Vieira, que residem naquela área, afirmam que as tubulações de esgoto acabaram quebradas em razão das obras. Isso causou entupimento de vasos sanitários e vazamento dos resíduos na rua, situação que tem como consequência o mau cheiro. “Estamos cansados de reclamar. Quebraram as nossas calçadas. Tem cano quebrado, esgoto correndo a céu aberto e nada acontece. Só nos dizem que a obra vai iniciar, mas não começa”, diz Vieira.

Luiz Vieira e Danilo Prestes cobram a retomada dos trabalhos na Rua Botucaraí

Prestes lembra que integrantes da Prefeitura foram até o local e teriam falado em recomeçar a obra. “Vieram aqui, prometeram que iria começar, mas faz dois meses e não apareceram mais”, afirma.
Sobre a paralisação dos trabalhos, os moradores foram informados de que a Corsan precisará transferir a tubulação que fica no meio da rua para a margem da via. Enquanto o impasse não se resolve, quem reside na área tem enfrentado transtornos para transitar, principalmente em dias de chuva.

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“As pessoas têm dificuldades de acesso para ir trabalhar. Tem gente caminhando dentro do esgoto. Quando chove, não conseguimos sair pela Beira Rio e temos que fazer a volta pelo trevo da Boa Vista e seguir pela RSC-287”, diz Prestes.

Corsan precisa retirar rede de água, diz Prefeitura

Responsável pela fiscalização da obra, a engenheira Petiele Cardoso explicou que a pavimentação parou por causa da troca da tubulação das redes da Corsan. “Antes mesmo de iniciarmos todas as obras na cidade, há mais de ano, a Corsan já havia sido notificada. Não podemos realizar a pavimentação asfáltica em cima da rede de água , visto que qualquer problema geraria transtornos imensos”, disse, confirmando que o consórcio já teria voltado aos trabalhos se não fosse por essa questão.

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A engenheira confirmou a regularidade dos pagamentos ao consórcio. “Não há atraso, todos estão dentro dos prazos estabelecidos em cronograma. Inclusive, nessa semana já autorizamos a empresa a emitir as notas com os valores dos serviços.”

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Sobre os problemas causados pelos canos de esgoto quebrados na região, Petiele confirma que a empresa irá colocar uma nova tubulação. “Mesmo que a Prefeitura interviesse, seria por tempo determinado, visto que a drenagem está prevista em projeto e toda a rede será modificada. Obviamente, se nesse percurso, por descuido ou necessidade, a empresa danificar alguma estrutura, ela será responsabilizada e terá que resolver.”

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O secretário municipal de Planejamento, Jorge Willian Feistler, reconhece os problemas no local e afirma que as questões burocráticas têm atrapalhado o poder público na execução das obras. Mas salientou que em breve os problemas serão resolvidos. “Logo ali, os que não estão felizes vão ficar, porque sairão do barro e da poeira e estarão em uma rua pavimentada com asfalto”, disse Feistler.

Em relação aos problemas com o mau cheiro, por causa dos canos quebrados, o secretário afirma que somente o consórcio de empresas poderá resolver. “Quem vai fazer os reparos na rede de esgoto e no calçamento é a empresa contratada”, reforçou. Quanto aos pagamentos para a empresa, ele confirmou que a Caixa Econômica Federal iria fazer um novo acerto no fim da última semana.

O que diz a Corsan

Questionada sobre a retirada da rede localizada no meio do prolongamento da Rua Botucaraí, a Corsan informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai remover a rede que passa pela via e instalar uma nova tubulação, perto das calçadas. “Já foi elaborado o projeto e realizada a compra do material para execução da obra, que ainda não foi entregue. A Corsan aguarda o recebimento para iniciar a implantação da nova rede, que terá diâmetro maior, para garantir melhor vazão de água, e passará pelos dois lados da rua. Desta forma, haverá também maior pressão para abastecimento dos imóveis”, informou.

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Tiago Garcia

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