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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Obsolescência de um músico amador

O título assusta um pouco. Então calma, desliga um pouco o WhatsApp, sim, desliga, não vai acontecer nada. A maioria dos meus leitores sabe que sou de uma geração muito estranha. Imagina que rezávamos, íamos à missa ou ao culto, ajudávamos nas lidas domésticas, tratávamos com muito respeito os professores e as professoras.

Muitos de nós éramos enviados cedo para aprender a tocar um instrumento musical. A família do meu avô Rudolf Gessinger era toda de músicos. Até cítara minha tia Brunhilde tocava. Minhas aulas de violino iniciaram no Kappesberg, no Colégio Santo Inácio, dos padres jesuítas, com o padre Ludovico. Quando voltei a Santa Cruz, aos 15 anos, passei a ter aulas com a sra. Amália Eidt.

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No mais, fui tocando, procurando melhorar minha técnica. Evidente que nunca fui um violinista apto a se apresentar em algum concerto. Mas deu para participar de Califórnias e outros eventos. Para isso, já tinha comprado outros violinos, entre eles um Yamaha elétrico. Antes disso, quando solteiro, o meu violino se prestava muito para as lidas de namoro. Sempre tinha uma menina fascinada por música.

Feita essa introdução, mais longa que missa solene, daquelas em que se precisa de três padres para celebrar, entro no assunto de que fala o título. Hoje quase não encontro mais parceiros para tocar, salvo meu filho Rudolf e minha filha Milène. Em muitas festinhas levava meu instrumento para tocar. Aos poucos, as pessoas não se interessavam mais, ficavam falando o tempo todo, esquecidas de que o prêmio do músico é o silêncio.

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Só crianças pequenas quiseram parar para ouvir, mas foram arrastadas por seus jovens pais. A maioria dos passantes até apertava o passo. Estavam decerto com pressa de montar sua caixinha de som na praia. Como se diz em Unistalda: “deixêmo”!

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