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Alvo da PF, empresa suspeita de pirâmide financeira movimentou R$ 9 bilhões

Operação que teve empresa como alvo foi realizada em outubro de 2019

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 17, a Operação Lamanai, para desarticular uma organização criminosa sediada em São Leopoldo e que atua no mercado financeiro paralelo, sem autorização das autoridades competentes, com a captação ilegal de recursos de cerca de um milhão de clientes.

Foram presas 10 pessoas que integram o comando da Unick Forex. Também foram apreendidos 48 veículos, além do sequestro de bens e bloqueio de dinheiro em contas bancárias dos alvos da ação. Conforme informações da imprensa da Capital, apenas em Bitcoins foram apreendidos R$ 50 milhões.

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A investigação tem o apoio da Receita Federal e identificou captações que chegaram a R$ 40 milhões por dia pela organização criminosa. Os valores dos investidores eram aplicados no mercado de Foreign Exchange (Forex), compra e venda de moedas, operações somente autorizadas às instituições financeiras oficiais. Ela chegou a movimentar em transações algo em torno de R$ 9 bilhões e operava em aproximadamente 14 países. 

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Cerca de 200 policiais federais cumpriram 65 mandados de busca e apreensão e dez de prisão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul (RS), Curitiba (PR), Bragança Paulista (SP), Palmas (TO) e Brasília (DF).

O inquérito policial foi instaurado em janeiro deste ano e apurou que os clientes do grupo eram atraídos pela promessa de retorno na ordem de 100% sobre o valor investido, no prazo de seis meses. A captação de recursos estava estruturada em formato conhecido como de “pirâmide financeira”, em que os novos investidores subsidiam os pagamentos de remuneração daqueles que já aplicaram recursos há mais tempo.

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A organização já havia sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que se abstivesse de tais práticas não autorizadas, mas seguiu atuando e teve expedida uma ordem de parada de operações (stop order), que também foi ignorada. Ao longo da investigação se evidenciaram outras práticas criminosas como a aquisição de moedas virtuais para remeter ao exterior, em supostos atos de evasão de divisas, assim como crimes de lavagem de dinheiro, entre outros.

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O escritório jurídico que representa a empresa divulgou uma nota oficial, confira na íntegra:

O escritório Nelson Wilians e Advogados Associados, que representa juridicamente a UNICK Academy, vem reafirmar o compromisso da empresa em colaborar com as autoridades competentes, prestando as informações necessárias para apuração de quaisquer eventuais fatos que tenham ocorrido em relação a suas operações. A empresa reafirma seu compromisso com seus clientes e acredita na Justiça e nos esclarecimentos dos fatos.

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