Se não fosse trágico, é cômico observar o esforço de lacração dos fiéis de santos de barro. Pior, a maioria dos lacradores tem boa educação escolar e expressivos relacionamentos sociais. Ou seja, ignorância não é.
Logo, fica evidente que a lacração continuada guarda relação direta com uma “preservação” de suas relações tribais, circunstância que inibe a autocrítica pessoal e grupal diante das evidências que fragmentam suas idealizações.
Idealizações, aliás, a maioria à conta de uma histórica santificação (e relativização da ignorância) dos seus “santos de barro”, como se estes fossem aquinhoados de espontâneas virtudes.
Ironicamente, resulta uma contradição absurda entre a formação teórica e a prática existencial. Muitos desses lacradores, repito, ainda que bem dotados de conhecimento e formação sociocultural, “alimentam lobos estúpidos e incorrigíveis”.
Carmen Lúcia
Um dia após o agora polêmico evento policial no Rio de Janeiro, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia, pautou para o dia 4 de novembro (ontem) o exame de um processo eleitoral contra o governador Cláudio Castro, sujeito a cassação.
Detalhe: o processo estava parado há meses no TSE. Ou seja, fica evidente o comprometimento de Carmen Lúcia e o seu ânimo de perseguição judicial.
No julgar dos aliados políticos (e da própria defesa) do governador, o ato de Carmen Lúcia revelou intempestividade e oportunismo dado o delicado momento, após a operação policial. Mas sobretudo porque o governador fora absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ).
Gostando ou não gostando do governador Cláudio Castro (PL) – o que não vem ao caso –, criticando ou aplaudindo o enfrentamento das facções narcotraficantes, um evento não guarda relação com o outro.
Conclusão. Foi um gol contra da ministra Carmen Lúcia. Sua atitude oportunista e persecutória fortaleceu os argumentos dos críticos ao apregoado consórcio STF-TSE-PT.
- Enquanto isso…
A Polícia Judiciária e a Marinha Portuguesa, com apoio das autoridades do Reino Unido e dos Estados Unidos, interceptaram um ‘narcosubmarino” carregado com mais de 1,7 tonelada de cocaína no meio do Oceano Atlântico. Seguia em direção à Península Ibérica. Carga avaliada em centenas de milhões de euros.
A polícia não revelou o ponto de partida da embarcação nem as nacionalidades dos detidos, alegando sigilo investigativo. Mas explicou que esses submarinos costumam zarpar de regiões remotas da América do Sul, principalmente da Colômbia e da Venezuela (Fonte: O Globo-Lisboa).
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