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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Os três tenores

Na companhia do ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do ministro Alexandre de Moraes (que será o presidente do TSE durante as eleições), o ministro Edson Fachin, agora presidente do TSE, revelou preocupações com a integridade do sistema eleitoral. Na ocasião, Fachin também associou o país Rússia à hipótese de possível invasor e hospedeiro de hackers. Essa declaração ocorreu no momento em que o presidente Bolsonaro era recebido pelo presidente Putin, da Rússia.

Coordenadas pelos corpos diplomáticos, as visitas internacionais – de presidentes, em especial – são marcadas com muita antecedência e rigor, tanto por razões de segurança quanto de agenda. A Rússia é um importante parceiro comercial. E provável apoiador à entrada brasileira no Conselho de Segurança da ONU. Ou seja, é lastimável que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), uma autoridade de Estado, venha a fazer intriga internacional.

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Como interpretar o porquê dessa manifestação que enseja reflexões eleitorais e acirra ânimos? Teriam combinado algo previamente? Seria um planejado ato defensivo ou ofensivo? Com que fins? Seria em defesa de futuros ataques de hackers? Em defesa contra ações de sabotagem de bolsonaristas (com apoio russo?), como imaginam possível os opositores do presidente? Ou seria uma defesa antecipada contra uma reação bolsonarista a possíveis manipulações pró-oposição, pró-Lula em especial, como desconfiam os bolsonaristas?

São hipóteses. Afinal, ato falho ou não, estratégico ou não, Fachin admitiu, ainda que indiretamente, o temor pelos hackers e a fragilidade do sistema eleitoral. Até então insistentemente negada.

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