ads1 ads2
GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Padrão de vida aparente ou real

Padrão de vida pode ser definido como o local em que uma pessoa, família ou grupo social vive e os bens e serviços que consomem e utilizam. Para alguns, basta uma moradia modesta, bens e serviços básicos e poucos itens de despesas. Para outros, as exigências são muito mais elevadas, com bens luxuosos, serviços de primeira e contas mensais de vários dígitos. A maioria das pessoas, tem um padrão de vida intermediário entre esses dois grupos. Além de outros critérios, como o contexto socioeconômico e questões culturais, no geral, podemos dividir os padrões de vida em três níveis principais:

  1. Baixo: é o padrão mínimo para viver de forma digna e com as necessidades básicas atendidas, como moradia, saneamento, acesso à educação e saúde públicas, eletrodomésticos, alimentação saudável e opções de lazer;
  2. Médio: é o padrão das classes médias, que inclui os itens do nível baixo e acrescenta carro, casa própria, internet e TV a cabo, universidade, cinema, teatro, shopping, viagens, etc;
  3. Alto: padrão mais luxuoso e dispendioso, que inclui todos os bens e serviços da classe média, mas em categorias superiores.

O padrão de vida não se confunde com qualidade de vida. Enquanto a qualidade de vida abrange todas as necessidades humanas, incluindo saúde, educação, moradia, bem-estar e segurança, o padrão de vida diz respeito apenas aos componentes materiais. É possível ter uma vida satisfatória gastando pouco. Como é possível também viver insatisfeito, mesmo com gastos altíssimos. Não vale a pena viver estressado, preocupado com as contas, para manter um padrão de vida alto, de aparências.

ads6 Advertising

Publicidade

  1. Recorrer ao crédito do cheque especial ou do cartão de crédito para cobrir as contas básicas do mês;
  2. Pagar apenas o mínimo da fatura do cartão de crédito, incorrendo em altos juros do rotativo;
  3. Gastar e se endividar para manter as aparências ou acompanhar o padrão de vida de familiares, colegas, vizinhos, amigos: a postagem de fotos de viagens, da vida amorosa, do sucesso profissional e até da comida e bebida da última refeição podem provocar inveja e fazer as pessoas gastarem mais;
  4. Não conseguir manter o que compra: não realizar a manutenção do carro, por exemplo;
  5. Ter dificuldades de lidar com imprevistos: não precisam ser casos mais complicados, como a perda do emprego, do negócio ou de uma doença grave, mas alguma despesa extra;
  6. Dever mais do que a soma de todos os bens:
  7. Não conseguir poupar, nem investir.

Vivemos em sociedade e, embora tão próximos ou pelo menos conectados com outras pessoas, somos muito diferentes em nossas preferências e na forma como vemos o mundo. A educação que recebemos dos pais, o ambiente familiar, as crenças, a escolaridade, colegas de trabalho, parceiros de esportes, as próprias experiências, tudo isso faz de nós pessoas únicas. Mesmo assim, muitas vezes somos movidos a querer “parecer” com os outros. Basta um vizinho aparecer com um carro novo ou algum bem diferente para despertar o desejo de adquirir o mesmo, quem sabe até melhor.

Uma coisa é desejar e trabalhar para alcançar os sonhos e objetivos com planejamento, abrindo mão, no presente, de algum gasto desnecessário para juntar dinheiro. Outra, é meter os pés pelas mãos e querer acelerar as coisas, comprando a crédito algum item agora, sem avaliar a real capacidade de pagamento. Praticar um padrão de vida acima da renda é o começo de muitas dificuldades no futuro.

ads7 Advertising

Publicidade

  1. Planejar o orçamento a partir da renda líquida: fazer um diagnóstico das finanças, anotando, durante 30 dias, todos os pagamentos realizados, quando já será possível reduzir, substituir ou eliminar gastos;
  2. Criar um modelo de orçamento, com base no diagnóstico: alguns especialistas sugerem porcentagens e prioridades para cada grupo de despesas, o que na prática muitas vezes não funciona. O importante é respeitar o próprio orçamento;
  3. Viver sempre um degrau abaixo do que a renda permite: esse é o segredo para evitar um efeito chamado “inflação do custo de vida” que leva as pessoas a aumentarem os gastos toda vez que conseguem um aumento de salário ou uma renda extra;
  4. Usar o crédito com consciência: quem usa crédito com frequência ainda confunde padrão de vida com qualidade de vida;
  5. Priorizar investimentos de longo prazo que garantam renda para manter o padrão de vida no futuro.

Por fim, cabe lembrar que situações financeiras difíceis, como o superendividamento, não acontecem do dia para a noite. Um orçamento descontrolado, frequentes gastos maiores do que a renda, dívidas mal calculadas, compras de bens motivadas por status, entre outros, podem indicar que a vida financeira pessoal ou familiar está num caminho perigoso. É hora de tomar as medidas necessárias para evitar que o pior aconteça.

LEIA OUTROS ARTIGOS DE FRANCISCO TELOEKEN

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

ads9 Advertising

© 2021 Gazeta