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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Pais cada vez mais presentes

Por convicções pessoais, muita gente não se importa com as datas comemorativas do Dia das Mães, dos Avós, Da Mulher, Da Criança, dos Namorados e o atual Dia dos Pais. A psicóloga e escritora Magda Raupp, em artigo, diz que há muito tempo ignora esses dias especiais. Afirma ela que “se joguei fora o Dia dos Pais, guardei o pai com muito cuidado. Assim como quando a gente ganha um presente, joga fora a caixa, mas guarda o conteúdo”.

Entretanto, para a maioria, além dos encontros comemorativos, ainda limitados, é verdade, por causa da Covid-19, essas datas tem um significado especial e fazem a festa – por que não? – do comércio. Neste ano em particular, o otimismo com as vendas do Dia dos Pais aumentou entre os empresários dos setores de serviços, comércio e indústria, segundo levantamento do birô de crédito Boa Vista. Além do crescimento das vendas no e-commerce, na esteira do avanço da vacinação e da flexibilização do funcionamento dos estabelecimentos, 75% dos empresários acreditam que a demanda reprimida por compras físicas também deve gerar bons resultados no Dia dos Pais.

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Nos anos 80, um comercial de TV criou uma frase muito forte para a época e que antecipou o início de uma mudança na atuação dos pais na relação familiar: “não basta ser pai, tem que participar”. Olhando no retrovisor, são flagrantes as diferenças de ser pai em apenas três gerações, por exemplo. De pai ausente, autoritário, sisudo, limitado a provedor, o pai começou a ser mais presente e participativo. Mas, se há uma melhora no relacionamento com os filhos, o mesmo,  infelizmente, ainda não acontece com as parceiras: percebe-se uma certa falta de respeito com elas, tratadas como seres inferiores, que não entendem  certos assuntos e, por isso, nem são  consultadas em determinadas decisões.

A pandemia causada pela Covid-19 trouxe descobertas e inúmeras adaptações a uma nova forma de vida. Os pais, por exemplo, acostumados a trabalhar fora de casa enquanto os filhos estudavam, passaram a desenvolver outras funções, profissionais e pessoais, em decorrência das  mudanças do modelo de trabalho – de presencial para híbrido ou mais home office. Com as pessoas sendo obrigadas a passar mais tempo em casa, isso também alterou os hábitos dos homens que passaram a assumir papéis importantes dentro do lar.

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O fato é que, por imposição da pandemia, por necessidade, por entendimento ou opção, aos poucos os homens estão assumindo ou, pelo menos, dividindo tarefas domésticas que “os usos e costumes” diziam que eram de mulher. Já existem homens que, com muita tranquilidade e sem qualquer trauma de “machismo”, assumem, literalmente, o papel de “donos de casa”, cabendo à mulher o papel de provedora financeira do lar. Outros, nos casos de divórcios,  compartilham a guarda de filhos menores, autorizada  por lei sancionada, em 2014, que  prevê a aplicação dessa modalidade de guarda, desde que ambos os pais estejam aptos a exercer o poder familiar.

Neste dia especial, não há presente maior para um pai do que ver seus filhos bem encaminhados. Vivendo numa sociedade em que se precisa do dinheiro para quase tudo, nem sempre isso é possível ou fácil. Eventualmente, é preciso  “puxar no freio de mão” para  rever gastos e, principalmente, controlar despesas e, assim, poder formar uma reserva financeira para enfrentar imprevistos e usufruir de uma longevidade tranquila.    

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Como pais, a preocupação deve ser redobrada, afinal, entre o ser pai e a sua situação financeira, existem os filhos e o seu futuro que muitas vezes, principalmente no início da atividade profissional, depende do apoio financeiro da família.

Por fim, não se pode esquecer  das mães que exercem o papel de pais. Conforme dados de gênero, divulgados pelo IBGE, mais de 37% dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. Nessas famílias, 90% são mulheres sem parceiros e com filhos. Para elas, o desafio é ainda maior. Entender essas transformações no perfil do pai brasileiro pode ajudar a melhorar a sociedade.

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