Aos 76 anos, completados em 24 de agosto, o escritor Paulo Coelho segue como uma das principais referências mundiais sobre literatura produzida por autores brasileiros. Atualmente, o ritmo de produção dele é bem menos intenso ou regular do que aquele apresentado nos anos 1990 e na primeira década do século 21, quando novo título dele chegava às livrarias ano sim, ano não, de forma bastante programática, para alimentar leitores sempre ansiosos pelos textos leves, quase sempre apoiados em uma espiritualidade que remetia às filosofias orientais, tão característicos do autor.
Agora, os hiatos entre novos lançamentos se espaçaram, e o novo livro que acaba de chegar às livrarias, O arqueiro, pela editora Paralela, surge cinco anos depois de Hippie, o romance de fundo autobiográfico lançado em 2018 no qual narra a experiência de integrar o Magic Bus, o ônibus que partia (no caso dele, de Amsterdã, na Holanda) da Europa rumo à distante Ásia. Era a corrente de mochileiros adeptos de filosofias alternativas que celebrava a vida livre nos anos 1960 e 1970.
Em O arqueiro Paulo Coelho, de certa forma, retorna ao estilo de O alquimista, um dos maiores best-sellers dele, lançado em 1988 (um ano depois de outra febre, O diário de um mago). Mas não só a frequência de lançamentos foi espaçada, como o fôlego parece ter diminuído. Compacto, o novo livro tem 95 páginas, em formato pocket, além de tudo com muitas ilustrações de Joana Lira. É, basicamente, uma pequena parábola sobre mestres e discípulos (e é claro que ele sugere ser um mestre, apesar e acima de tudo).
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