Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), na manhã dessa quinta-feira, 29, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro lhe pediu que “averiguasse se estava ocorrendo alguma irregularidade” no contrato da vacina indiana Covaxin durante uma conversa “informal” no Palácio do Planalto. O general disse que solicitou ao ex-secretário executivo da pasta, Élcio Franco, que verificasse o contrato, tendo recebido um retorno, em data que ele não se lembra, de que seu número 2 havia feito uma apuração e não constatado qualquer irregularidade.
Pazuello foi ouvido na sede da Polícia Federal em Brasília nesta sexta-feira, 30, tanto por investigadores que atuam no inquérito sobre suposta prevaricação de Bolsonaro no caso Covaxin, como por agentes da Polícia Federal que investigam as irregularidades no contrato da vacina indiana, a mando do ministro da Justiça Anderson Torres. Os detalhes do relato do general foram divulgados pela CNN e confirmados pelo Estadão.
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O inquérito que mira Bolsonaro foi instaurado após decisão dada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, no dia 2 de julho. Na ocasião, a ministra atendeu um pedido da Procuradoria-Geral da República – apesar de esta ter defendido, em um primeiro momento, aguardar o fim da CPI da Covid antes iniciar as apurações. Após Rosa negar tal pedido, a Procuradoria solicitou a instauração do inquérito.
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