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PEDRO GARCIA ANALISA: O impeachment passou, a crise não

O impeachment aconteceu. Dilma Rousseff não é mais presidente da República. Michel Temer não é mais interino. A quarta-feira, 31 de agosto de 2016, é histórica. 

O que muda? Muita coisa, por um lado. Um outro perfil de gestão. Novos rumos para a política fiscal e para a política externa, para ficar em dois itens.

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Temer tem nas mãos a missão de tirar o País da crise econômica. Alguns sinais são positivos: a confiança da indústria começa a ressuscitar, o que pode, no médio prazo, estimular investimentos e fazer reagir a empregabilidade e o consumo.

Outros são negativos: Temer formou um governo cheio de figuras controversas, algumas das quais já caíram, e as denúncias de corrupção – que levaram ao apoio de parte da população ao impeachment – seguem à espreita. Teme-se também pela permanência dos programas sociais.
O caso é que, mesmo agora autorizado em definitivo a sentar na cadeira de presidente, Temer seguirá obrigado a lidar com uma população parte desconfiada, parte revoltada – tanto que se escondeu o quanto pôde nos Jogos Olímpicos e as pesquisas de intenção de voto para 2018 ainda dão vitória ao PT. 

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Essas são as perguntas que ficam. O impeachment passou, a crise não.

*Pedro Garcia é editor de política e economia da Gazeta do Sul

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