Na véspera da data anunciada pelo presidente da Câmara para a votação da reforma regimental, o projeto recebeu uma enxurrada de novas emendas. Ao todo, foram 19. Somente o líder de governo, Henrique Hermany (PP), apresentou 12, a maioria com foco evidente em acelerar a tramitação de projetos na Casa, o que já causa incômodo na oposição. Outra extingue as diárias de vereadores e prevê que despesas de viagens sejam ressarcidas mediante aprovação em plenário.
Já Leonel Garibaldi (Novo) apresentou seis emendas, uma das quais prevendo que a Tribuna Popular, que será criada a partir da reforma, seja aberta a qualquer cidadão com domicílio eleitoral em Santa Cruz. No texto original, só poderiam se valer do espaço pessoas ligadas a entidades.
Embora tenha sido aprovado por ampla maioria na Câmara, o financiamento de R$ 200 milhões atiçou os adversários do governo Helena Hermany (PP). Os últimos dias foram de conversas entre partidos de oposição para buscar um alinhamento maior. Dissidentes de partidos da base governista também participaram.
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As críticas cada vez mais frequentes que o ex-vereador Alex Knak tem feito ao governo Helena colocam o MDB em uma posição dúbia. O partido ocupa duas secretarias de peso e vem sendo um fiel aliado na Câmara desde o ano passado.
A abstenção do vereador oposicionista Alberto Heck (PT) na votação do financiamento gerou críticas até no próprio partido. Manu Mantovani, que concorreu a vice-prefeita em 2020, escreveu na internet: “Tenho a lamentar que o único vereador do meu partido, mais uma vez, se absteve de votar em um projeto importante.”
A vice-prefeita de Venâncio Aires, Izaura Landim (MDB), declinou do convite que recebeu do partido para concorrer a deputada federal. À coluna, disse que a ideia nunca partiu dela e prefere se dedicar ao mandato para o qual foi eleita. Deixou a possibilidade aberta para o futuro.
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