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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Pelo mundo: Pequim, a capital celestial

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Aidir na Cidade Proibida, centro de Pequim

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Na década de 1980, Deng Xiaoping, o arquiteto da China moderna, iniciou uma gradual abertura à iniciativa privada e ao investimento estrangeiro. A intenção do secretário-geral do partido comunista chinês, título oficial dos líderes supremos do governo, era expandir a economia e melhorar o padrão de vida no país. O plano resultou em monumental sucesso, se considerarmos a posição atual da China no cenário mundial. Logo no início, contudo, apareceram efeitos colaterais, como a corrupção estatal e privada, além de consequências sociais previsíveis em uma população sedenta de abertura política ainda maior.

Em 1989, a Praça da Paz Celestial (Tiananmen) se tornou o principal foco de protestos, inicialmente liderados por estudantes e cidadãos que haviam vivido no exterior. Declarada a Lei Marcial, o governo passou a adotar medidas extremas para arrefecer os ânimos de cerca de um milhão de chineses que, diariamente, tomavam a praça e arredores. Em meio ao conflito, que envolvia manobras militares, tiroteios e prisões, uma imagem tornou-se simbólica. Em 5 de junho daquele ano, uma fila de tanques de guerra deixava o local quando foi parada por um solitário e franzino indivíduo, em trajes simples e carregando sacolas de compras. As câmeras da rede de televisão CNN captaram a ação, que durou alguns minutos. O homem, que chegou a subir no tanque que liderava a frota, acabou sendo removido e até hoje não se sabe sua identidade ou seu destino. O total oficial de vítimas civis dos protestos foi de 200 pessoas, mas estimativas mais realistas falam em milhares de mortos. Um documento diplomático, vazado da embaixada britânica em Pequim, informou que seriam mais de 10 mil.

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