A Polícia Penal do RS e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) promovem, em parceria, um trabalho sobre estratégias de promoção da saúde e prevenção da tuberculose no sistema penal. No início de maio, no Seminário Nacional de Tuberculose em Privados de Liberdade, em Brasília, apresentaram o trabalho e, entre 10 experiências no País, tiveram papel destacado na exposição do projeto Quebrando Barreiras, que busca, por meio de oficinas de capacitação, prevenir e cuidar das pessoas com tuberculose e hepatite C no sistema prisional.
A coordenadora do Projeto e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde (PPGPS) da Unisc, Lia Gonçalves Possuelo, apresentou os resultados alcançados pelo grupo de pesquisa ao longo dos últimos anos, evidenciando os impactos na promoção da saúde e prevenção da tuberculose. Como exemplo da atuação, a representante do Núcleo de Pesquisa e Extensão com foco no sistema prisional (Nupepisp) da Unisc, Milena Mantelli Dal’Sotto, compartilhou o trabalho.
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No seminário, a coordenadora da Divisão de Saúde Prisional do Departamento de Tratamento Penal da Polícia Penal, Paula Gonçalves, destacou o êxito do projeto, que é resultado de um trabalho sistemático de anos. “A nova etapa ‘Triagem em massa e educação permanente para os trabalhadores da comunidade carcerária como estratégias para contribuir com a eliminação da tuberculose no sistema prisional’ amplia ainda mais o escopo, pois inclui a importância da adoção de medidas de combate à tuberculose em outros estados (Espírito Santo, Goiás e São Paulo) e também no Paraguai e em uma província de Moçambique, a partir das experiências bem-sucedidas no Rio Grande do Sul.
A proposta é que, por meio do diagnóstico situacional de cada estado ou país, seja possível avançar na formação dos profissionais de saúde e do sistema prisional, aproximando os trabalhadores às rotinas de saúde.
O Rio Grande do Sul já executa preliminarmente a ação por meio de entrevistas com gestores da área da saúde e também do sistema prisional, assim como de coleta de informações por meio de questionário eletrônico com servidores penitenciários e com trabalhadores em saúde das equipes de saúde prisional.
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Em julho, um projeto-piloto na Penitenciária de Venâncio Aires (Peva) usará um raio-x portátil para realizar a triagem em massa para tuberculose em pessoas privadas de liberdade. O aparelho permite atender pessoas com suspeita ou confirmação da doença de forma mais ágil e com melhor acesso.
Além de caber numa maleta e de ser utilizado em qualquer lugar, permite a realização de até 100 exames sem precisar de energia elétrica ou internet. Essa etapa do projeto contará com o apoio da equipe da Fiocruz Mato Grosso do Sul, que se deslocará ao RS para executar a ação.
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