Nessa época difícil pela qual estamos passando devido à quarentena do coronavírus, maçante em termos de noticiários na TV e de discussões políticas, vou contar algumas estórias leves e divertidas.
Confesso que estou com saudades da minha turma do happy hour na Passarela, quando resolvíamos todos os problemas brasileiros, as discussões entre gremistas e colorados, as brigas entre os fanáticos da direita ou esquerda ou das churrascadas feitas no racha, organizadas pelo chef Hardi. Lógico, bebendo as gostosas cervejas, cada um com sua garrafa.
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Convidei meu amigo Zé Negão e meu cunhado Baixinho para me acompanharem. Não sabia o caminho que me levaria ao endereço. Zé Negão garantiu-me que conhecia Porto Alegre de ponta a ponta, já que no passado lá morava. Fiquei feliz; nos levaria com segurança para a agência. Para garantir que não nos perderíamos naqueles labirintos da capital, pedi que minha filha deixasse o GPS programado.
Lá fomos nós. Viagem tranquila. Pouco movimento, saímos às seis e meia de casa. Em Canoas, pegamos um pequeno engarrafamento. Chegamos, e deveríamos decidir: ir pelo aeroporto ou pela rodoviária. O GPS nos orientava para pegarmos o viaduto, via rodoviária. Zé Negão discordou do GPS. Pediu que rumássemos via aeroporto. Obedeci.
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A sorte que o Zé Negão é um cara de boa conversa. Só de conversa, porque não é bom de ouvidos. Pediu uma informação para um cara que estava varrendo defronte a uma empresa:
– Moço, qual o trajeto que faço para chegar à Praça Japão?
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– Entendi. Obrigado moço – respondeu o Zé.
Lá adiante surge o primeiro desvio. E agora, Zé?
Outros informantes surgiram no trajeto, e nós cada vez mais embrulhados e perdidos. Os caras informavam para o Negão pegar à esquerda e ele insistia em contrariar o informante, mandava seguir pela direita. Um desastre!
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Nervoso, pedi para o Zé Negão contratar um táxi. Já estávamos atrasados. Como conhecedores de Porto Alegre, ele e o GPS estavam reprovados.
Segui o táxi, e R$ 10,00 mais adiante chegamos ao destino
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