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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Personalidade paranoide

A característica essencial deste transtorno é um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros a ponto de suas motivações serem interpretadas como malévolas. Esse padrão começa no início da vida adulta e está presente em contextos variados. O transtorno da personalidade paranoide pode aparecer pela primeira vez na infância e adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim com os colegas, ansiedade social, baixo rendimento escolar, hipersensibilidade, pensamentos e linguagem peculiares e fantasias idiossincrásicas. Essas crianças podem parecer “estranhas” ou “excêntricas” e atrair provocações. Esse transtorno parece ser mais comumente diagnosticado nos homens.

Indivíduos com esse transtorno creem que outras pessoas irão explorá-los, causar-lhes dano ou enganá-los, mesmo sem evidências que apoiem essa expectativa. Suspeitam de que outros estão tramando contra eles e podem atacá-los de repente, a qualquer momento e sem razão. Costumam achar que foram profunda e irreversivelmente maltratados por outra pessoa ou pessoas, mesmo na ausência de evidências objetivas para tal. São preocupados com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou confiança de seus amigos e sócios, cujas ações são examinadas minuciosamente em busca de evidências de intenções hostis. Qualquer desvio percebido da confiança ou lealdade serve de apoio a seus pressupostos subjacentes.

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Geralmente são pessoas de difícil convivência e apresentam frequentes problemas nos relacionamentos íntimos. Especialmente em resposta ao estresse, podem apresentar episódios psicóticos breves (durando de minutos a horas). Em certos casos, o transtorno da personalidade paranoide pode surgir como o antecedente pré-mórbido de transtorno delirante ou esquizofrenia. Transtornos por uso de álcool e outras substâncias ocorrem com frequência.

Apesar de não haver tratamento específico para os transtornos de personalidade, muitas vezes a combinação de terapia e uso de medicamentos pode melhorar a qualidade de vida desses pacientes. O desafio aqui é, além da aceitação do tratamento, o estabelecimento de confiança entre o médico e o paciente. Mas o sofrimento é tanto, que sempre vale a tentativa.

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