Depois de um período de estabilidade após constantes aumentos, os postos de combustíveis de Santa Cruz do Sul apresentaram queda no preço da gasolina na bomba. Em pesquisa realizada na tarde dessa terça-feira, 4, pela Gazeta do Sul, o valor mais frequente encontrado (em dez postos) para o litro da comum foi de R$ 4,46, com o preço mais baixo de R$ 4,43 e o mais alto de R$ 4,88, em uma variação de R$ 0,45.
O mais cobrado no levantamento dessa terça-feira se aproxima do praticado em outubro de 2019, quando chegou a R$ 4,39, passando a R$ 4,55 em novembro e a R$ 4,69 no último dia 14 de janeiro. A exemplo das pesquisas anteriores, a gasolina aditivada apresenta instabilidade, variando de R$ 4,46 a R$ 4,89.
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Conforme donos de postos consultados, a queda de preço nas bombas deve-se à concorrência de mercado. Para o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), não tem como apontar um motivo determinante para o que pode ter provocado a baixa na região, nem mesmo como prever a tendência do mercado.
“O valor final ao consumidor é influenciado por muitas variáveis e a revenda de combustíveis é um ramo extremamente competitivo”, afirma o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua. “Cada revendedor deve decidir o preço de venda dos seus produtos com base em seus custos de negócio, transações junto às distribuidoras, logística ou outros pontos que incidam na gestão do posto.”
Fevereiro com redução na venda de combustíveis
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Conforme João Carlos Dal’Aqua, fevereiro é, historicamente, um mês com queda nas vendas de combustíveis. Se o impacto disso será positivo ou não para o consumidor, deverá ser observado ao longo das próximas semanas.
“Não conseguimos prever as oscilações, pois o revendedor tem trabalhado com margens muito baixas e convivido com a alta carga tributária, que representa quase a metade do preço final do produto.” Também podem influenciar as constantes quedas no preço do petróleo tipo Brent, que registra declínios recordes diante dos temores de que o coronavírus se espalhe ainda mais pela China, segunda maior consumidora de petróleo do mundo.
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Segundo ele, nem sempre quando se divulga queda ou aumento no preço na refinaria, significará que o posto irá adquirir o combustível com a mesma redução ou o mesmo aumento. “O posto é o elo final da cadeia de combustíveis. Depois da refinaria, a composição do preço passa pelas diretrizes das distribuidoras”, diz o presidente do Sulpetro.
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