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Platini deve anunciar candidatura à presidência da Fifa nesta semana

Michel Platini vai anunciar nos próximos dias se será ou não candidato à presidência da Fifa, marcado para 26 de fevereiro de 2016. Fontes próximas ao francês confirmaram ao jornal Estado de S.Paulo que, depois de consultas realizadas em Zurique e em São Petersburgo, Platini tomará uma decisão. Nesta quarta-feira, as federações nacionais já poderiam receber uma carta sobre sua posição definitiva e um anúncio estaria sendo organizado para ocorrer na Suíça até sexta.

Até agora, a CBF não deu qualquer sinal a Platini de um eventual apoio do Brasil ao francês. Jornais espanhóis e franceses já dão a candidatura como certa. Mas o principal adversário de Joseph Blatter por anos tenta costurar um apoio global para sua campanha e não quer se apresentar apenas como um representante da Uefa. Platini considera que, diante da fragilidade da Conmebol, inundada por escândalos de corrupção, cabe à Europa ocupar o poder no futebol mundial. Blatter, suíço, era visto como representante do “resto do mundo” e uma continuação do reinado de João Havelange. Uma vitória de Platini, portanto, representa a volta da Uefa ao poder do futebol mundial pela primeira vez em 40 anos.

Ex-jogador e organizador do Mundial de 1998, Platini tem uma forte resistência na África, já que é visto como o representante dos interesses europeus no futebol. Jerome Champagne, ex-alto funcionário da Fifa e que também se candidatou ao posto de presidente da entidade em maio, acredita que dar o poder do futebol mundial ao atual presidente da Uefa pode minar o futebol sul-americano e de outras regiões.

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Platini, por esse motivo, mergulhou nos últimos dias em consultas com dirigentes de diferentes partes do mundo. Há uma semana, ele esteve reunido com o presidente da Conmebol, Juan Napout, em Zurique para acertar uma aliança. Ele também se reuniu com representantes asiáticos e do Oriente Médio. O francês já havia pedido a renúncia de Blatter antes mesmo das eleições de maio, alertando que a entidade não poderia continuar da mesma forma. “Estamos matando o futebol”, alertou. “Basta. Estou farto dessa situação”, disse.

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