A propósito de minha coluna anterior recebi vários e-mails, entre os quais os de dois grandes amigos. Ambos de famílias tradicionais. Um é o Cláudio Spengler.
“Ruy, sempre leio tua coluna, gosto muito, pois sabes relatar bem assuntos agradáveis e teu passado aqui em Santa Cruz. Os amigos que aqui fizeste, e eu me considero um deles, pois através do Guido K. te conheci lá no saudoso Recanto Xangrilá. Joguei Tênis dos 12 aos 37, depois fui para o Golfe, te digo que é mais que uma cachaça, no nosso Country Club temos vários ex-jogadores de tênis, mas no Tênis Club não encontrarás nenhum ex-golfista…”
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Então vou pensar bem. A natureza há de decidir.
…
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A vida é assim, a gente vai trabalhando sério, se poupa dos prazeres imediatos da vida, para usufruir mais tarde. Sempre disse não aos pedidos consumistas dos meus filhos. E hoje me agradecem, conquanto que um ou outro estranhe eu ser tão pão duro. Claro que hoje tenho conforto, mas à custa de muitas renúncias e também muita sorte.
Cada pila que eu economizei tem minha gratidão. Ocorre que algumas moedas que recolho aos tesouros públicos têm um fim dramático.
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Agora, com a chegada do “auxílio emergencial”, andei olhando listas de quem recebeu e lá estão nossos pilas para alguns que não se enquadram nos requisitos.
Enfim, vamos relembrar que o Estado não produz dinheiro. Este vem do agro, do comércio, da indústria, e assim vai. Acho uma sacanagem alguém ir buscar R$ 600,00, quando ganha bem e não se preocupa em poupar. Saliento que de maneira alguma critico os programas sociais aos desvalidos. Em princípio, são necessários.
Talvez merecessem mais critério. Mas aí entra a politicagem. Aos poucos estou me desencantando com algumas pequenas cidades que se emanciparam sem nenhuma condição de sobrevivência. Nem hospital têm e levam os doentes para as cidades médias e grandes, que ficam repletas.
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Algo está muito errado.
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